Até o fim do ano, três cidades paranaenses terão escolhido novos prefeitos em eleições suplementares. Os dirigentes eleitos no ano passado para os três municípios foram cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O novo pleito para Inácio Martins, no Sul do estado, e Santa Inês, no Norte, está marcado para 3 de novembro, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR). As eleições em Joaquim Távora, também no Norte, já ocorreram em abril.
Em comum, as três cidades paranaenses tiveram os prefeitos cassados por irregularidades em prestação de contas. Dois deles quando eram prefeitos mandatos passados e um durante a campanha eleitoral.
Ao todo, 64 cidades de todo o país terão realizado novas eleições até o fim deste ano. A maioria delas (51) já escolheu os novos dirigentes até o início deste mês. A próxima data marcada para a ida às urnas é 1º de setembro, para cinco cidades de cinco estados diferentes. Outros cinco municípios terão eleições em 6 de outubro. Por fim, em novembro, as duas cidades paranaenses terão a companhia de Caiçara do Norte (RN) na escolha dos prefeitos.
As eleições suplementares acontecem em cidades que tiveram prefeitos cassados pelo TSE ou que a nulidade da votação atingiu mais de 50% dos votos válidos.
A nova eleição de Joaquim Távora aconteceu em 7 de abril. Na ocasião foi eleito Gelson Mansur Nassar (PSDB), com uma diferença de apenas 47 votos para o outro candidato, do DEM. O ex-prefeito da cidade, Willian Valter Ovçar (PSC), teve o registro cassado pela Justiça Eleitoral.
Ele teve as contas referentes ao exercício de 2006 rejeitadas pela Câmara Municipal por ter aberto créditos adicionais especiais sem edição de lei específica e ter deixado de recolher contribuições previdenciárias decidas ao INSS. Ovçar chegou a reverter a situação no TRE, mas o TSE optou por manter a decisão do juiz eleitoral do município.
Em Santa Inês, José Pedro Rodrigues da Silva (PTB) nem chegou a assumir o cargo. Ele teve a candidatura impugnada por ter as contas reprovadas quando era prefeito da cidade em 1996. Quem assumiu seu lugar até a nova eleição é o presidente da Câmara Municipal, Marcel André Regovichy (PSD).
Lauri Setrinski (PSDB) e seu vice ficaram menos de um mês na prefeitura de Inácio Martins. Eles foram cassados sob a acusação de não terem prestado contas do período eleitoral corretamente. Os então candidatos abriram uma conta em um banco, não fizeram movimentações nela e depois apresentaram recibos sem lastro para justificar os gastos de campanha. Valdir Cabral (PDT), presidente da Câmara, ocupa o posto desde fevereiro.
Já são 18 cassados
É possível que outras 15 cidades paranaenses tenham novas eleições. Os prefeitos dessas cidades estão com os mandatos questionados na Justiça, segundo matéria publicada no último dia 13. Caso eles sejam cassados pelo TSE, novos pleitos serão convocados.
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