O Atlético apresentou proposta de acordo ao Exército para bancar o valor total da construção de dois edifícios no 27º Batalhão Logístico, no bairro Bacacheri. A obra chegou a ser iniciada, mas está paralisada desde a metade do ano passado e é a contrapartida do clube pela desapropriação de um terreno vizinho à Arena para possibilitar a ampliação do estádio para a Copa.
A mudança de postura do clube – efetivada com o envio da proposta no mês passado – pode pôr fim a um processo administrativo que poderia resultar em uma salgada multa. “Fizemos uma proposta para quitar, em dinheiro, a pendência. Preferimos pagar ao invés de retomar a obra, o que seria bem mais complicado”, diz o advogado do Furacão, Luiz Fernando Pereira.
Segundo o coronel Roberto Alexandre Eickhoff, chefe do Estado Maior da 5ª Região Militar, a proposta está sendo analisada. “O resultado dessa análise pode até extinguir o processo administrativo”, afirma. Essa é a expectativa também do Atlético. “Esperamos a resposta do Exército para também eliminarmos a questão judicial, possível mandado de segurança, e outros problemas”, diz Pereira.
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Inicialmente, o clube se negou a bancar qualquer valor além dos R$ 7,2 milhões repassados ao Exército, correspondente à avaliação do terreno na esquina da Rua Buenos Aires com a Avenida Getúlio Vargas, na Água Verde, ao lado da Arena. O clube reivindicava a participação da prefeitura e do governo estadual na divisão da conta total da construção dos apartamentos, bem como valores correspondentes a hospedagem, condomínio, IPTU e transferências das 18 famílias desalojadas do imóvel desapropriado.
A partir da negativa do Atlético em manter o cronograma inicial, o Exército instaurou processo administrativo para apurar as responsabilidades da paralisação, bem como atribuir multas por quebra de contratos. “O processo continua correndo e o resultado sairá nos próximos dias”, afirma o coronel.
Os valores oferecidos pelo Atlético não foram revelados, mas cobririam o custo dos 12 apartamentos. O Exército não deve oferecer resistência. “Desde que sejam mantidos os compromissos assumidos anteriormente, como o custeio dos aluguéis e transferências”, concluiu o coronel. “O valor contempla o que eles expressaram ser o suficiente”, garante o advogado do clube.
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