O auditor Luís Alexandre Cardoso de Magalhães, um dos pivôs do escândalo da máfia do ISS em São Paulo, disse em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, que acha difícil devolver aos cofres públicos a propina que recebia no esquema.Cálculos iniciais apontam que o caso pode ter provocado rombo de R$ 500 milhões à Prefeitura de São Paulo.

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Magalhães, que fez acordo de delação premiada com o Ministério Público, confirmou que gastava altas somas com viagens e garotas de programa, além de carros e um barco de R$ 500 mil.Disse ter gasto muito dinheiro com prostitutas caras. "Paguei a determinada pessoa que saiu em capa de revista R$ 5.000."

Mesmo com as despesas, em nove anos, ele, suas empresas e sua esposa acumularam R$ 19 milhões em imóveis e itens de luxo, segundo o Ministério Público.Perguntado se poderia devolver a propina, respondeu: "Não dá para fazer isso. Só se eu bater na porta de um monte de meninas por aí e tentar devolver".

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Ao programa, Magalhães afirmou que resolveu delatar o esquema, após ser preso, porque temia se afastar do filho. "No momento em que fui preso eu estava com muito medo de perder a guarda do meu filho."

Magalhães negou que tenha participado do financiamento de campanhas políticas. Disse, porém, que empresas do setor imobiliário chegavam a saber de antemão os nomes de pessoas ligadas ao setor fiscal que depois ocupariam cargos na prefeitura.

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