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Dados preliminares de um estudo do Ministério da Saúde apontam para o aumento no número de pessoas infectadas por hepatite A e C nas Regiões Nordeste e Centro-Oeste, incluindo o Distrito Federal.

O levantamento é desenvolvido desde 2004 com o objetivo de mapear, pela primeira vez, a ocorrência de hepatite A, B e C nas cinco regiões brasileiras. A idéia é melhorar o atendimento do sistema de saúde no tratamento e prevenção da doença.

No Nordeste, dentre os 292 entrevistados com idade entre 5 e 9 anos, 111 tiveram hepatite A. Na faixa etária entre 10 e 19 anos, das 322 pessoas analisadas, 178 haviam tido a doença.

No Centro-Oeste, de 310 crianças com idade entre 5 e 9 anos, 100 tiveram hepatite A. Dentre as 393 pessoas com idade entre 10 e 19 anos, 220 contraíram a doença.

Segundo a consultora do Programa de Nacional de Hepatites Virais, Kátia Campos, a hepatite é uma doença inflamatória que compromete as funções do fígado. É causada por vários tipos de vírus, com características distintas.

A transmissão da hepatite A é fecal-oral: ocorre pelo contato pessoal e por meio da água e de alimentos contaminados.

- Por isso, a melhor forma de evitá-la é fazer investimentos em saneamento básico, para se ter oferta de água de boa qualidade.

As principais medidas de prevenção são manter higiene pessoal – lavar as mãos após ir ao banheiro, ao preparar alimentos e antes das refeições – beber água tratada, lavar e desinfetar alimentos antes de serem consumidos crus.

No caso da hepatite C, o estudo também aponta o aumento de 1,9% no número de infectados nas Regiões Nordeste e Centro-Oeste.

De acordo com a consultora do Ministério da Saúde, "mesmo com tratamento médico, o vírus da hepatite C não é eliminado do corpo". Atualmente, a principal forma de contaminação desse tipo da doença é o compartilhamento de seringas por usuários de drogas injetáveis.

Transfusões de sangue sem a realização do teste de detecção do vírus e uso de instrumentos sem a devida esterilização (como agulhas de injeção, instrumentos de manicure, pedicure, dentista, acupuntura, tatuagens e piercings) também são formas de contágio. Ao contrário da hepatite A, a do tipo C pode se tornar crônica.

A meta do governo é entrevistar 31 mil pessoas até meados de 2008, quando a pesquisa deve ser concluída. Até o momento, foram coletadas 428 amostras de sangue para hepatite A no Nordeste, Centro-Oeste e no Distrito Federal. Para a hepatite B e C, foram 2,5 mil amostras no Nordeste, 3 mil no Centro-Oeste e 1,5 mil no Distrito Federal.

Agora, o estudo está sendo feito no estado de São Paulo e na Região Sul. Em agosto será a vez do Rio de Janeiro, e em setembro, de Vitória e de Minas Gerais. No ano que vem, os técnicos do ministério vão percorrer o Norte do país.

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