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Baka Filho chamou a polícia para se livrar da extorsão | Sandra Terena/Gazeta do Povo
Baka Filho chamou a polícia para se livrar da extorsão| Foto: Sandra Terena/Gazeta do Povo

R$ 150 mil e US$ 50 mil em espécie teria sido a quantia pedida pelo coordenador da Defesa Civil de Paranaguá, Jamal Toufic Ali Hajar, ao ex-prefeito da cidade, José Baka Filho, para que uma investigação contra o político não fosse levada adiante pela Polícia Civil. No momento da suposta extorsão, Baka estava repassando R$ 60 mil a Jamal.

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Veja vídeo do flagrante em 1491607

O Centro de Operações Es­­­­peciais da Polícia Civil (Cope) prendeu na manhã da última quinta-feira o coordena­­dor da Defesa Civil de Paranaguá, Jamal Toufic Ali Hajar, por suspeita de extorsão. Ele foi preso em flagrante logo depois que recebeu R$ 60 mil em espécie do ex-­pre­feito de Paranaguá, no Litoral, José Baka Filho (PDT), que neste ano concorre ao cargo de deputado federal.

Segundo o delegado do Cope, Leonardo Bueno, há cerca de dez dias, durante uma conversa com o ex-prefeito, Jamal disse ter contatos na cúpula da Polícia Civil e no Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público. Conforme relato à polícia, o coordenador afirmou que sabia que uma força-tarefa estava sendo organizada para prender Baka.

Ainda segundo o político, Jamal se comprometeu a intervir em favor do ex-prefeito em troca de um pagamento, que seria distribuído entre policiais e promotores para evitar a prisão. Ele teria pedido R$ 150 mil e US$ 50 mil em espécie. Orientado pela polícia, Baka marcou um encontro com Jamal para entrega da primeira parcela do pagamento. A conversa e a entrega foram gravadas e, logo em seguida, o coordenador foi preso.

Conforme Bueno, Jamal não quis se pronunciar sobre o caso em depoimento. Informalmente, ele teria contado aos policiais que a escolha de Baka foi aleatória, acreditando que obteria "dinheiro fácil", já que ele é candidato a deputado federal. Segundo o ex-prefeito, o coordenador era seu conhecido e inclusive ocupou um cargo em comissão durante a sua gestão. "Considerava ele como um amigo", disse.

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