O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), reunirá a bancada na próxima terça-feira, véspera da votação do projeto de lei do salário mínimo na Casa, a fim de discutir a matéria com os senadores. Um representante do Ministério da Fazenda ou da Previdência Social apresentará à bancada as justificativas para a manutenção da política de reajuste do mínimo. "A bancada do governo não vai votar envergonhada", afirmou Costa.

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O líder petista não quis comentar a declaração de seu liderado, Paulo Paim (PT-RS), que adiantou que apresentará emenda a favor do mínimo de R$ 560, contrariando a proposta do governo. Ele afirmou que não discorreria sobre "uma hipótese", já que Paim ainda não apresentou a emenda.

Ele acrescentou que Paim mantém um ótimo relacionamento com a bancada e o governo, tanto que foi indicado por unanimidade para a presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH). "Esperamos a reciprocidade disso", comentou o pernambucano. Ele ressalvou que o cargo de Paim não está condicionado à sua votação com o governo, mas sublinhou que espera que ele vote a favor dos R$ 545. "O ônus ou o bônus deve ser igual para todos os senadores do PT", completou.

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Costa adiantou que sua tarefa é aprovar o projeto nos termos em que veio da Câmara. Ele defendeu a proposta governista, ponderando que garantiu nos últimos anos a recuperação do poder aquisitivo aos trabalhadores. Acrescentou que "o equilíbrio fiscal" das contas públicas é um dos fiadores dessa política. Por fim, declarou estar confiante na vitória, mas não tranquilo. "Na política e no Parlamento, nunca deve haver tranquilidade", disse.

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