Bancada reclama do governo anterior pela falta de investimentos

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Para a maioria dos deputados federais que estiveram ontem reunidos com o governador Beto Richa (PSDB), o fraco desempenho do Paraná na atração de investimentos federais se deve à atuação do governo anterior. Sem citar os nomes dos ex-governadores do PMDB Roberto Requião e Orlando Pessuti (2003 a 2010), os parlamentares criticaram a falta de diálogo com o Executivo na gestão passada.

Reportagem da Gazeta do Povo de ontem mostrou que, na proposta orçamentária da União para 2012, o Paraná tem o segundo menor volume de investimentos por habitante entre os 26 estados e o Distrito Federal – superando somente o estado de São Paulo.

Durante a reunião de ontem, alguns deputados reclamaram que nem sequer eram recebidos pelo governador anterior para discutir investimentos. Essa falta de sintonia, segundo ele, resultava num menor volume de obras federais no Paraná.

A iniciativa de Richa de reunir a bancada federal foi elogiada por deputados governistas e da oposição. O petista André Vargas chegou na reunião "cutucando" o atual governo. "É necessário apresentar grandes projetos. Já se passaram quase 10 meses e não existe um grande projeto. Não é uma crítica a este ou ao governo anterior", disse Vargas. Depois do encontro, ele afirmou: "A reunião foi muito positiva. Recebemos do governo uma lista de prioridades na área de infraestrutura, saúde. Podemos avançar muito mais, porque não se concebe recebermos menos [investimentos] do que 25 estados. O governador mostrou que pode e deve atuar de forma suprapartidária".

O deputado Fernando Giacobo (PR), coordenador da bancada paranaense, ressaltou a importância da reunião. "Estou muito otimista. Não tenho dúvida que o Paraná vai receber mais recursos para investimento." O deputado federal Fernando Francisquini (PSDB) foi no mesmo tom. "O Beto demonstrou estar preocupado com a questão de investimentos do governo federal no estado. Ele acertou em fazer a reunião com a bancada federal para que as prioridades [do governo e dos deputados] sejam as mesmas."