O Banco Rural divulgou nota negando a possibilidade de fraude nos documentos entregues à CPI dos Correios considerada pelos diretores como "nula e completamente absurda". De acordo com a assessoria, os arquivos são cópia fiel dos extratos bancários referentes à movimentação bancária do empresário Marcos Valério e das empresas dele, registradas nas fitas dos caixas de todas as agências onde houve movimentação.

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Uma perícia do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal indica que arquivos encaminhados pelo banco foram adulterados. A PF informou que de seis arquivos com movimentações financeiras enviados pelo Banco Rural à CPI quatro estavam com alterações. Se ficar caracterizada a destruição de provas, os responsáveis podem ser presos e processados por obstrução das investigações.

Segundo o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) houve maquiagem do Rural nas contas da empresa SMP&B de Marcos Valério. Num dos arquivos, havia cinco mil registros originais. O documento enviado à CPI tem 35 mil registros. Noutro arquivo, os registros pularam de sete mil para 17 mil. Os arquivos registram depósitos, empréstimos, transferências bancárias e pagamentos feitos por DOC ou cheque da SMP&B no Rural. Integrantes da CPI suspeitam que a alteração foi feita para justificar os recursos que Valério repassou a políticos, supostamente oriundos de financiamentos contraídos no próprio banco.

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De acordo com a nota do Banco Rural, uma perícia nas fitas dos caixas das agências do banco pode comprovar a autenticidade da documentação. Ainda de acordo com a nota, o Banco Rural não deixou de informar qualquer operação, e não acrescentou operações não concretizadas. Todos os empréstimos concedidos pelo Banco e creditados nas contas dos beneficiados, também podem ser conferidos nos extratos, segundo as informações da assessoria.Quanto aos documentos referentes aos saques, as versões originais foram entregues à Polícia Federal e à Justiça Federal, durante a operação realizada pelos policiais sem aviso prévio.

Uma cópia dos documentos também foi encaminhada à CPI. A comparação dos documentos originais com as cópias em poder da comissão vai comprovar a autenticidade deles, segundo a nota. A assessoria informa que Banco Rural guarda cópias de toda a documentação, que estão à disposição para comparação, se os órgãos competentes julgarem necessário.

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