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Brasília (Folhapress) – O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, respondeu em carta do dia 28 de dezembro às críticas do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), ao anúncio de que a Polícia Federal vai investigar uso de caixa dois pelos partidos políticos nas eleições de 2006.

Segundo Bastos, "se o próprio Tribunal Superior Eleitoral anunciou que pretende atuar com mais rigor, recrudescendo a fiscalização do cumprimento das regras do jogo político, nada mais lógico e natural que a PF esteja pronta e preparada para responder, com rapidez, eficiência e impessoalidade, às demandas de apuração de fatos definidos como crimes eleitorais".

Para o ministro, não se trata de arbitrariedade, perseguição ou cumprimento de demandas políticas. Esse tipo de atuação da PF, conforme diz na carta enviada a Temer, seria uma demanda da própria sociedade e parte do Estado democrático de Direito.

Na primeira das quatro páginas da carta, Bastos afirma que "a sociedade vê com desconfiança a defesa de privilégios injustificáveis e não admite hipótese de que condutas ilícitas permaneçam sem consequências". E ainda: "Devo tranqüilizá-lo [Temer], dizendo que os políticos e partidos que respeitam as regras do jogo eleitoral e estão empenhados em tornar as campanhas mais competitivas e transparentes não devem temer o apoio que a Polícia Federa prestará [...] à Justiça Eleitoral".

No desfecho da carta, na qual se despede com "um forte abraço do amigo", Bastos diz esperar que as considerações feitas sobre o assunto "possam tranqüilizar" o presidente do PMDB e o seu partido de que a verdadeira intenção do ministro é fazer cumprir o dever institucional da PF.

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