O caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti, cuja extradição à Itália foi negada pelo governo brasileiro, não compromete a relação de "antiga e sólida amizade" entre os dois países, afirmou nesta terça-feira o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.
"O Brasil é um país ao qual somos ligados por uma antiga e sólida amizade. Este fato não diz respeito à nossa relação, mas diz respeito à justiça, e pela justiça nós lutaremos", disse Berlusconi a jornalistas no aeroporto militar de Linate.
O premiê se encontrou com Alberto Torregiani, filho do joalheiro cuja morte é atribuída a Battisti, ex-militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo.
"Trouxe a Torregiani a minha solidariedade e do governo", disse Berlusconi.
Battisti, de 56 anos, cumpre prisão preventiva em Brasília desde 2007. O ex-ativista foi condenado à revelia na Itália por quatro assassinatos e sua extradição é pedida pelo governo italiano.
A decisão de não extraditá-lo, anunciada em 31 de dezembro pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu último dia de governo, acirrou a polêmica em torno do caso e provocou tensão com a Itália.
Após o anúncio, Berlusconi condenou a posição brasileira, expressando "profunda amargura e pesar", acrescentando que o governo iria estudar as opções para mudar a decisão.
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