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O PSDB do Paraná deu a largada para tentar alavancar a campanha do candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB). O coordenador da campanha no estado, Beto Richa (PSDB) – prefeito de Curitiba –, promoveu ontem o primeiro ato político para convocar prefeitos da região metropolitana para trabalhar para o tucano. Alckmin estará em Curitiba e Ponta Grossa no dia 17.

Durante reunião no restaurante Madalosso, com a presença de 16 prefeitos de vários partidos, entre eles PDT e PMDB, Beto Richa disse que, apesar da simpatia da maioria à candidatura tucana, é justamente na região metropolitana que Geraldo Alckmin apresenta o pior desempenho. "Não tenho dúvida de que, se houver o engajamento, o Alckmin ganha na região. Todos vocês têm condições de traduzir em votos o trabalho que estão fazendo nas prefeituras."

Segundo a última pesquisa RPC–Gazeta do Povo/Ibope, Alckmin tem 29% dos votos e Lula 54% na região metropolitana. Na capital e no interior, o quadro é inverso. Em Curitiba, Alckmin aparece com 48% e Lula com 36%. No interior, o tucano também leva vantagem: 42% contra 39% do presidente.

Queixas

A reunião de ontem acabou se transformando em um ato anti-Lula. Os prefeitos pediram a palavra para criticar a falta de participação financeira do governo federal nos serviços que foram municipalizados e são de responsabilidade das prefeituras.

Para o prefeito da Lapa, Miguel Batista (PTB), o governo erra no modelo econômico, nos programas sociais. "Alckmin é o mais preparado para governar o país", disse.

O prefeito de Piraquara, Gabriel Samaha (PPS) defendeu a importância do próximo presidente rever o pacto federativo porque o governo federal centraliza a arrecadação e só 15% fica nas mãos das prefeituras. Ele disse ainda estar arrependido por ter votado três vezes em Lula. "Meu herói morreu de overdose."

A prefeita de Tunas do Paraná, Nalinez Zanon (PDT), declarou que não pretende apoiar o candidato a presidente do partido, Cristovam Buarque. Além de ele aparecer com apenas 1% nas pesquisas, Nalinez disse que que a intenção da direção nacional foi lançar o pedetista para puxar votos para Lula no segundo turno. "É por isso que vamos ficar um pouco escondidinhos e trabalhar pelo Alckmin", afirmou.

Precaução

O prefeito de Araucária, Olizandro Ferreira (PMDB), disse que ainda precisa avaliar seu apoio e só vai entrar na campanha depois de ouvir propostas específicas de Lula e Alckmin para as regiões metropolitanas. "A cada quatro crimes cometidos no estado, três são na região metropolitana. A cada cinco ocupações irregulares, três são na região. Enfrentamos problemas incomuns e precisamos de soluções diferenciadas."

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