José Richa Filho, irmão de Beto, deve voltar a ser secretário| Foto: Michel Willian

O prefeito reeleito Beto Richa (PSDB) não fará grandes mudanças na sua equipe de governo. Seguindo um velho dito popular – "não se mexe em time que está ganhando" – , Richa deve manter nos principais cargos de confiança os mesmos secretários.

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É certa a volta do vice-prefeito Luciano Ducci (PSB) como secretário de Saúde, Luiz Eduardo Sebastiani na pasta de Finanças, Eleonora Fruet na Secretaria de Educação e Norberto Ortigara, no Abastecimento.

Na lista dos "imexíveis" da administração, segundo aliados do prefeito, estão ainda o secretário de Governo, Rui Hara, e o procurador jurídico do município, Ivan Bonilha. Beto Richa também não deve abrir mão de Fernanda Richa, que esteve à frente da Fundação de Ação Social desde o início do mandato, e do irmão, José Richa Filho, secretário de Administração. A dúvida é onde Fernanda seria aproveitada. A FAS não é secretaria e a súmula do STF só permite que parentes do prefeito ocupem cargo de secretário.

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Nas outras áreas da prefeitura tudo pode acontecer. Eleito com uma coligação formada por 11 partidos – PSDB, PP, PSL, PDT, DEM, PSB, PPS, PR, PSDC, PRP e PTN – Beto Richa terá de acomodar representantes das principais legendas na sua administração.

Para atender as composições partidárias, o prefeito vai precisar realizar remanejamentos e substituições.

Cargos estratégicos como a Urbs, comandada por Paulo Schimidt; a Secretaria do Meio Ambiente, administrada por José Antonio Andreguetto, e a Secretaria do Esporte e Lazer, que tem à frente Neivo Beraldin (PDT), podem ser ocupados por novos nomes.

Outra dúvida é a permanência ou não do secretário do Planejamento, Sérgio Rui Matheus Rizzardo, e do presidente do Instituto Curitiba de Saúde (ICS), José Lupion Neto.

Além das indicações dos partidos, a reforma no secretariado também vai depender do resultado da eleição para a Câmara Municipal. Candidatos a vereador do grupo político do prefeito que não foram eleitos podem ser chamados a participar da administração como secretários ou em cargos comissionados de segundo escalão.

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O prefeito ainda não discutiu nenhuma mudança e pretende ouvir os partidos antes de mexer na equipe. Ele viajou para Atlanta (EUA) para descansar da campanha eleitoral e a discussão do secretariado deve começar em novembro. Todos os nomes só devem ser anunciados em dezembro.

Mesmo antes de oficializar qualquer escolha, lideranças próximas a Richa garantem que ele teria assumido o compromisso de aceitar indicações de aliados que desistiram de concorrer a prefeitura neste ano para apoiar sua reeleição. É o caso de Rubens Bueno (PPS) e dos deputados estaduais Carlos Simões (PR), Osmar Bertoldi (DEM) e Ney Leprevost (PP).

Acomodação

Integrantes da equipe do prefeito estão prevendo que será difícil Beto conseguir espaço na administração para abrigar representantes de todas as forças políticas que se juntaram ao seu redor nestas eleições.

Quando foi eleito para o primeiro mandato de prefeito, em 2004, o tucano reuniu na sua coligação oito partidos (PSDB, PSB, PDT, PP, PSL, PAN, PTN e Prona).

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Praticamente todos estão representados na administração municipal. O PP tem dois filiados: Domingos Caporrino Neto, secretário de Assuntos Metropolitanos e Fernando Francischini, delegado da Secretaria Antidrogas.

O PPS indicou o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Augusto Canto Neto. O secretário do Esporte e Lazer, Neivo Beraldin, está na cota do PDT do senador Osmar Dias, e o DEM indicou José Lupion Neto no Instituto Curitiba de Saúde (ICS).

A maior parte dos cargos está nas mãos do próprio PSDB e do PSB, partido do vice-prefeito Luciano Ducci.

Entre os tucanos estão Eleonora Fruet, Rui Hara, José Antonio Andregueto e o diretor-presidente da Curitiba S.A., Juraci Barbosa Sobrinho. Já o PSB tem na prefeitura o secretário de Turismo, Luiz de Carvalho; Omero Giacomini, do Instituto Municipal de Administração; o secretário de Recursos Humanos, Arnaldo Bertoni; além da secretária de Saúde, Edmara Fait Seegmuller, que ocupa o cargo até o retorno de Luciano Ducci, titular da pasta.