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Os dois bombeiros identificados pela polícia como suspeitos de assaltar um empresário na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, vestidos de agentes da Polícia Federal, se entregaram no início da tarde desta quinta-feira (16) na Divisão Anti-Sequestro (DAS), no Leblon, Zona Sul do Rio.

Segundo o delegado Fernando Moraes, a prisão dos dois vai ser solicitada à Justiça ainda nesta quinta-feira (16).

A DAS vai investigar se os bombeiros tentaram seqüestrar o empresário na quarta-feira (15), segundo o delegado Moraes.

Segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira, da 16ª DP (Barra da Tijuca), dois dos três homens que assaltaram o empresário Marcelo Alves dos Santos vestidos de agentes da Polícia Federal na última quarta-feira (15), no meio da tarde, numa das principais avenidas da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, são bombeiros.

Tito Lívio de Paulo Franco trabalha no gabinete do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, e Antonio Lázaro da Silva Franco, na sub-secretaria da Defesa Civil.

No dia do assalto, os dois deram voz de prisão ao empresário e tentaram algemá-lo, mas foram flagrados por uma equipe de reportagem do jornal "O Estado de São Paulo" e fugiram. Eles levaram o carro de Marcelo e R$ 30 mil.

"Eles foram identificados por colegas que se sentiram indignados por estarem manchando a corporação", disse o delegado Carlos Nogueira, da 16ª DP (Barra da Tijuca), responsável pelas investigações.

O empresário, que é dono de uma casa de câmbio, estava com o dinheiro para entregar a um suposto cliente que queria trocar US$ 15 mil para comprar um carro numa revenda de Mercedes Benz na Barra da Tijuca.

"Eles estudaram os hábitos da vítima. Sabiam como ele agia para vender dólares e quem negociava. Eles não queriam levá-lo, queriam o dinheiro. Foi muita ousadia agir dessa forma a essa hora da tarde", disse Nogueira.

Empresário quer sair do país

À polícia, Marcelo contou que um funcionário seu recebera uma ligação na casa de câmbio de uma pessoa que se identificara como empregado da concessionária e que pediu para trocar dinheiro para um cliente. Quando chegou à concessionária, no entanto, Marcelo descobriu que o pedido não existia e desconfiou do golpe; ao voltar para o seu local de trabalho, foi interceptado pelos ladrões.

Se dizendo cansado e sem querer dar entrevistas, Marcelo disse apenas que estuda a possibilidade de sair do país, traumatizado pelo ocorrido.

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