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O Corpo de Bombeiros diminuiu de sete para seis o número de possíveis vítimas que estão sendo procuradas na cratera aberta após desmoronamento nas obras da Estação Pinheiros da Linha 4 (Amarela) do Metrô, ocorrido na sexta-feira (12). A conta foi refeita depois que as equipes de resgate encontraram o corpo da bacharel em Direito Valéria Marmit, de 37 anos, dentro do microônibus que foi engolido no desabamento.

Até terça-feira (16), os bombeiros consideravam que havia sete pessoas desaparecidas por causa de informações de testemunhas, que teriam visto quatro pessoas no microônibus que caiu no buraco. Elas seriam o motorista Reinaldo Aparecido Leite, de 40 anos, o cobrador Wescley Adriano da Silva, de 22, o funcionário público Márcio Rodrigo Alambert, de 31, e uma quarta pessoa não identificada. Além disso, eles consideravam a hipótese de haver duas pedestres (no caso, Abgail Rossi, de 75 anos, e Valéria Marmit, de 37, cujos corpos já foram encontrados) e o motorista de caminhão, Francisco Sabino Torres, de 47, que trabalhava nas obras e também foi resgatado.

Como Valéria foi encontrada dentro da van, os bombeiros passaram a trabalhar com a hipótese de seis vítimas. De acordo com a assessoria dos bombeiros, o motoboy Cícero Augustino da Silva, de 60 anos, nunca entrou na conta dos bombeiros, apesar de as equipes considerarem a hipótese de ele ser a quarta vítima que estava no microônibus e que ainda não havia sido identificado.

"É uma suposição (sobre o motoboy). Nós trabalhamos com informações concretas. A partir do momento em que tirarmos a van, vamos fazer uma nova varredura (com cães farejadores)", disse o capitão Mauro Lopes, do setor de comunicação do Corpo de Bombeiros.

Lopes afirmou que procura três vítimas que estariam dentro do microônibus tragado pela cratera, além dos três corpos que já foram encontrados desde segunda-feira (15). A meta, segundo ele, é conseguir retirar o veículo ainda nesta quarta-feira (17). Ele contou, entretanto, que o microônibus está em um local de difícil acesso. "Está retorcido, comprimido nas laterais por rochas e há uma grande instabilidade no local, a massa de terra constantemente se move."

De acordo com o capitão Mauro Minoro, os bombeiros vão retirar o microônibus com os corpos ainda dentro do veículo. Segundo ele, o trabalho no Túnel Faria Lima é feito com ferramentas manuais, e o veículo ainda está preso por um metro de terra.

Ainda segundo Minoro, os bombeiros estudam a retirada do microônibus para um local mais seguro, a alguns metros de onde está soterrado, para então realizar a retirada dos corpos. No final da manhã desta quarta-feira, o terreno começou a ser preparado para que uma retroescavadeira puxe o veículo com um cabo de aço. O microônibus será puxado por baixo pela retroescavadeira.

Segundo Lopes, há risco constante de desabamento e a possibilidade de haver chuva forte pode retardar os trabalhos. Nesse momento, 19 bombeiros trabalham na retirada do microônibus.

Lopes explicou também que os trabalhos nesta quarta se concentrarão no túnel, e que não haverá buscas na superfície. "Nós nunca vamos trabalhar em duas frentes ao mesmo tempo, porque uma mexe com a outra."

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