Brasília (Folhapress) – O deputado Roberto Brant (PFL-MG) afirmou ontem, durante depoimento no Conselho de Ética da Câmara, não acreditar que os diretores da Usiminas vão assumir a contribuição de campanha dada a ele em 2004, no valor de R$ 150 mil. "Não acredito que vão assumir. Estão apavorados desde que o processo começou. Não falam mais comigo. Contrataram os melhores advogados para se defenderem", afirmou.

CARREGANDO :)

Ainda em seu depoimento, Brant disse que não cometeu qualquer irregularidade no recebimento dos recursos da Usiminas.

"Se alguém cometeu alguma irregularidade foi a Usiminas, que passou o dinheiro para a SMP&B e esta repassou para mim", reafirmou o deputado.

Publicidade

Ele disse que foi o próprio presidente da Usiminas que ligou em seu celular, ainda no começo de agosto, para avisar que faria uma doação para sua campanha à prefeitura de Belo Horizonte. "Eu nunca recebi apoio da Usiminas antes. Acho que me fizeram a doação desta vez porque o vice na minha chapa era auditor da empresa."

Segundo Brant, apesar de o dinheiro ter entrado de forma "não declarada", ele não foi utilizado para o pagamento de gastos de sua campanha eleitoral, o que acaba com a tese de caixa 2. O dinheiro recebido, de acordo com o deputado, foi utilizado em um programa de televisão antes da campanha e o pagamento foi feito a uma empresa de Curitiba (PR), a PMP. Ele pediu recibos para a empresa e trouxe ao Conselho de Ética, pois o acordo havia sido feito verbalmente na época do serviço.

Dinheiro

Brant disse ainda que recebeu o dinheiro da SMP&B no dia 27 de setembro de 2004, quase uma semana antes das eleições, e que o deu à empresa de propaganda paranaense no dia 22 de outubro. "Este dinheiro ficou sem gastar, em espécie, no meu escritório de campanha. Ainda bem que não o usei na minha campanha."

Procurada pela reportagem, a Usiminas informou, por meio de sua assessoria, que não vai comentar o depoimento do parlamentar.

Publicidade
Veja também
  • Dirceu joga as últimas fichas para fugir da cassação