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Brasil e União Europeia devem fazer chamadas conjuntas na área da sociedade da informação em 2010. Essa foi uma das conclusões do 2º Diálogo Brasil União Europeia sobre Sociedade da Informação, evento que reuniu representantes europeus e brasileiros quinta(11) e sexta-feira(12) para a discussão de projetos para cooperação científica e tecnológica.

De acordo com o secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto Gadelha, o principal destaque dos debates, que ocorreram na Universidade de São Paulo (USP), foi o uso futuro da internet.

A internet do futuro é um dos quatro principais pontos de cooperação tecnológica que foram acordados. Além desse, ficou acertada também a possibilidade de acordos em pesquisas para sistemas embarcados aqueles que vêm dentro de objetos, como carros, celulares, ou GPS - e microeletrônica, que está relacionada aos chips utilizados nos sistemas embarcados e em outros sistemas, além de infraestrutura cibernética, que irá ligar toda a tecnologia.

Alguns projetos de cooperação já estão em andamento. A Europa já contribui para o programa Mercosul Digital, que pretende adotar uma identidade tecnológica comum para o bloco e incentivar a tecnologia da informação e da comunicação nos países do Cone Sul.

Os europeus têm contribuído com o treinamento de recursos humanos e o comércio de eletrônicos. Também já houve cooperação para tecnologia de biocombustíveis e, em 2011, deve ser iniciado um projeto bilateral para o financiamento de pesquisas na área.

Para Gadelha, a cooperação se ampliará de maneira equivalente. Foi um diálogo que demonstrou a maturidade do Brasil para realmente estabelecer uma cooperação com a comunidade europeia. Não é como antes, quando os acordos eram praticamente de assistência da Europa com o Brasil, afirmou.

Para o diretor geral de Sociedade da Informação e Mídia da Comissão Europeia, Fábio Colasanti, o encontro serviu para comparar pontos de vista e definir os próximos passos. Segundo ele, um dos estímulos será o uso do programa-quadro, no qual a União Europeia investirá cerca de 50 bilhões de euros até 2013 em projetos de pesquisa. Nós definimos quais áreas são importantes e convocamos os projetos para serem financiados, explicou.

Os brasileiros, de acordo com ele, já receberam 1 milhão de euros para pesquisas por meio do programa-quadro. A ideia é que, daqui a alguns anos, nós possamos dizer que os brasileiros tenham recebido não 1 milhão, mas 3 milhões ou 4 milhões de euros, completou Colasanti.

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