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A cada 5 crianças e adolescentes do PR, 1 está trabalhando

Um em cada cinco paranaenses com idade entre 10 e 17 anos é vítima do trabalho infanto-juvenil. O Paraná até conseguiu reduzir em 7,3% a exploração nesta faixa etária de 2001 para cá, mas ainda ocupa o 6.º lugar neste vergonhoso ranking nacional. Os setores que mais se aproveitam da mão-de-obra de crianças e adolescentes são, nesta ordem, agricultura, comércio, serviços, indústria, serviço doméstico e construção civil. O mapa do trabalho infanto-juvenil no Paraná será apresentado hoje, durante o 1.º Seminário Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, que ocorre a partir das 8 horas, no Centro de Convenções de Curitiba.

Em 2005, o estado tinha 309.445 trabalhadores menores de 18 anos, conforme a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD). Esta pesquisa e o Censo 2000, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram a base de consulta para o mapa do trabalho infantil no Paraná, traçado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a pedido da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social e do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil. Apesar de não ser tão atualizado, o Censo 2000 permite detalhar melhor o perfil do trabalho precoce no estado.

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O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil é celebrado nesta terça-feira (12). Para marcar a data, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome deve começar uma campanha para incentivar a população a identificar a situação de trabalho infantil e denunciar. Segundo a Agência Brasil, as informações podem ser passadas ao governo federal pelo telefone 0800-7072003.

No Brasil, cerca de 3 milhões de crianças e jovens de até 16 anos trabalham, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A meta do governo é retirar, até o final do ano, 1,5 milhão de crianças do trabalho infantil. Para isso, ele conta com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que atende 872 mil jovens.

O Peti paga à família R$ 40 para a criança deixar de trabalhar e voltar aos estudos. O jovem beneficiado também deve participar de uma atividade no horário em que não estuda – a chamada jornada ampliada. Os municípios recebem ainda R$ 20 por criança para ajudar no projeto. Se a família estiver cadastrada no programa Bolsa Família, o valor pago pela administração pública pode aumentar. Vigilância e denúncia

A secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, lembra que a Constituição Federal proíbe qualquer tipo de trabalho para menores de 16 anos, exceto como aprendizes a partir dos 14 anos. "Mudar essa cultura depende da vigilância, da disposição das pessoas de denunciar, sair do individualismo e de fato ter uma participação cidadã, coletiva", afirma.

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