• Carregando...

O analfabetismo no Brasil caiu 4,1 pontos porcentuais entre 1996 e 2006, mas o país ainda possui 14,4 milhões de analfabetos, o que o torna um dos piores colocados entre os vizinhos latino-americanos.

A Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira e feita com base em dados da Pnad, mostrou que a taxa de analfabetismo recuou em 2006 para 10,5 por cento, ante 14,6 por cento em 1996.

O analfabetismo funcional (pessoas com menos de 4 anos de estudo) também encolheu em 2006, para 23,6 por cento das pessoas com 10 anos ou mais, o que representa 36,9 milhões de brasileiros "semi-analfabetos". A população do país é estimada em 187 milhões de habitantes, segundo o IBGE.

Apesar das reduções, o Brasil tem um dos maiores índices percentuais de analfabetos da América Latina, de acordo com estatísticas da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), aparecendo atrás de países mais pobres e de economia mais frágil como Barbados, Belize, Paraguai e Trinidad e Tobago.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam ainda que em 2005 a taxa de analfabetismo da população urbana brasileira com 15 anos ou mais era de 11,1 por cento, enquanto, segundo a Cepal, a taxa de Barbados ficava em 0,3 por cento e a do Paraguai, 5,6 por cento.

Pelo ranking da Cepal, o Brasil está à frente de países como Haiti, Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador, Republica Dominicana, Bolívia e Jamaica.

"O analfabetismo no Brasil está concentrado nas camadas mais pobres, nos mais idosos, entre aqueles de cor parda e negra e nas localidades menos desenvolvidas", informou o IBGE.

Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), divulgada na semana passada pelo instituto, o nível de escolarização no Brasil manteve a trajetória de crescimento entre 2005 e 2006. No ano passado, 97,6 por cento das pessoas com idade entre 7 e 14 anos estavam na escola, contra 97,3 por cento em 2005.

Os dados do levantamento revelaram ainda que 84,6 por cento das pessoas com 5 anos ou mais estavam na escola em 2006 ante 81,5 por cento em 2005.

"A tendência é de queda com certeza no analfabetismo no Brasil. Se a taxa de escolarização está aumentando há um efeito imediato na redução de analfabetos", disse a pesquisadora da Ana Sabóia.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]