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Plenário da Câmara: projetos de reajustes enviados pela prefeitura | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Plenário da Câmara: projetos de reajustes enviados pela prefeitura| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Placar da votação

Confira como cada vereador de Curitiba votou nos projetos da prefeitura que reajustam o IPTU e o ITBI a partir do ano que vem:

Aumento do IPTU

Favoráveis - 24

Ailton Araújo (PSC), Aladim (PV), Aldemir Manfron (PP), Beto Moraes (PSDB), Bruno Pessuti (PSC), Cacá Pereira (PSDC), Cristiano Santos (PV), Dirceu Moreira (PSL), Dona Lourdes (PSB), Felipe Braga Cortes (PSDB), Helio Wirbiski (PPS), Jairo Marcelino (PSD), Jonny Stica (PT), Jorge Bernardi (PDT), Julieta Reis (DEM), Paulo Rink (PPS), Paulo Salamuni (PV), Pedro Paulo (PT), Professora Josete (PT), Sabino Picolo (DEM), Serginho do Posto (PSDB), Tiago Gevert (PSC), Tito Zeglin (PDT), Toninho da Farmácia (PP).

Contrários - 12

Carla Pimentel (PSC), Chicarelli (PSDC), Chico do Uberaba (PMN), Colpani (PSB), Mauro Ignácio (PSB), Mestre Pop (PSC), Noêmia Rocha (PMDB), Professor Galdino (PSDB), Rogério Campos (PSC), Tico Kuzma (Pros), Valdemir Soares (PRB), Zé Maria (Solidariedade).

Não votaram - 2

Geovane Fernandes (PTB) e Pier Petruzziello (PTB).

Aumento do ITBI

Favoráveis - 22

Ailton Araújo (PSC), Beto Moraes (PSDB), Bruno Pessuti (PSC), Cacá Pereira (PSDC), Carla Pimentel (PSC), Cristiano Santos (PV), Dona Lourdes (PSB), Geovane Fernandes (PTB), Helio Wirbiski (PPS), Jairo Marcelino (PSD), Jorge Bernardi (PDT), Mestre Pop (PSC), Paulo Rink (PPS), Paulo Salamuni (PV), Pedro Paulo (PT), Professora Josete (PT), Rogério Campos (PSC), Sabino Picolo (DEM), Serginho do Posto (PSDB), Tiago Gevert (PSC), Tito Zeglin (PDT), Toninho da Farmácia (PP).

Contrários - 13

Aladim (PV), Aldemir Manfron (PP), Chicarelli (PSDC), Chico do Uberaba (PMN), Colpani (PSB), Dirceu Moreira (PSL), Felipe Braga Cortes (PSDB), Mauro Ignácio (PSB), Noêmia Rocha (PMDB), Professor Galdino (PSDB), Tico Kuzma (Pros), Valdemir Soares (PRB), Zé Maria (Solidariedade).

Não votaram - 3

Jonny Stica (PT), Julieta Reis (DEM) e Pier Petruzziello (PTB).

Obs: o presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV), só vota em caso de desempate

Em uma sessão conturbada, que começou pela manhã e se estendeu até o início da noite, os vereadores de Curitiba aprovaram ontem, em 1.ª discussão, o aumento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter-Vivos (ITBI), cobrado na venda de imóveis. Os dois reajustes foram propostos pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT). A segunda votação deve ocorrer na próxima terça-feira.

O projeto aprovado ontem prevê que o IPTU será corrigido em 6,39% pela inflação e aumentado em mais 5% para imóveis construídos e 8% para terrenos. A mudança vale já para os carnês de 2015, que devem ser expedidos em janeiro. Estão previstos ainda outros dois reajustes, em 2016 e 2017, de 4% mais inflação para casas, apartamentos e salas comerciais, e de 7% mais inflação para terrenos.

Já a alíquota do ITBI vai passar dos atuais 2,4% do valor do imóvel para 2,7%. O projeto também reajusta o tributo pela inflação (6,39%). A proposta inicial da prefeitura era aumentar a alíquota do ITBI para 2,9%. Mas, depois uma negociação com o setor imobiliário, houve uma diminuição do porcentual com uma emenda do líder do governo, vereador Pedro Paulo (PT). Na compra de um imóvel de R$ 300 mil, por exemplo, a transferência, que hoje é de R$ 7,2 mil, passará para R$ 8,1 mil com o reajuste.

A prefeitura alega que os aumentos são necessários por causa do boom imobiliário da cidade, que fez com que o preço dos imóveis subisse mais do que a inflação, deixando a planta genérica do IPTU defasada. Segundo o município, entre 2003 e 2014, o preço médio dos imóveis cresceu 422%, enquanto a inflação foi de 94%, o que teria causado a perda de R$ 2 bilhões nos últimos 11 anos para a prefeitura.

A sessão para apreciação dos reajustes começou ainda pela manhã, mas foi interrompida para negociações entre líderes da Casa e retomada apenas no início da tarde. Vários vereadores se inscreveram para falar em plenário, a maioria deles contrários às propostas. "Vejo este projeto como um incentivo à inadimplência", disse a vereadora Noêmia Rocha (PMDB) sobre o IPTU.

Outros parlamentares defenderam a necessidade da aprovação em função da situação financeira do município. "O caixa do município está arrebentado", afirmou Aldemir Manfron (PP). "Todo aumento de imposto é polêmico e difícil", resumiu Pedro Paulo. "Tudo isso é para investir em políticas do município, em especial na política social e na valorização dos servidores", disse.

O vereador Valdemir Soares (PRB) chegou a pedir vista dos projetos enquanto tramitavam na Comissão de Economia da Câmara. "Isso vai aumentar a informalidade, vai diminuir o número de registro de imóveis na prefeitura e, consequentemente, vai haver queda na arrecadação do município", argumentou.

Representantes de diversas instituições do setor imobiliário acompanharam a sessão na tentativa de convencer os vereadores para que votassem contra os projetos. "Vai haver um prejuízo para o mercado", afirmou Luiz Carlos Borges da Silva, vice-presidente de planejamento do Sindicato da Habitação e dos Condomínios (Secovi).

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