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Câmara da Itália "congela" acordo de defesa com Brasil após caso Battisti

Proposta, feita na véspera, foi aprovada por todos os partidos. Objetivo é refletir sobre a negativa da extradição do ex-ativista

Manifestantes que querem a extradição de Battisti protestam em 4 de janeiro em frente à Embaixada do Brasil na Itália, em Roma | Reuters
Manifestantes que querem a extradição de Battisti protestam em 4 de janeiro em frente à Embaixada do Brasil na Itália, em Roma (Foto: Reuters)

A Câmara de Deputados da Itália decidiu reenviar à comissão de Relações Exteriores da casa a ratificação do acordo de defesa entre Itália e Brasil, segundo a agência Ansa.

Como já era previsto, todos os partidos votaram a favor da proposta de "congelar" o acordo, feita na véspera pela relatora, a parlamentar Fiamma Nirenstein, do governista partido Povo da Liberdade (PDL), vice-presidente da comissão.

O objetivo, segundo ela, é refletir sobre o caso do ex-ativista Cesare Battisti, cujo pedido de extradição foi recusado em 31 de dezembro de 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que provocou reação e recursos do governo italiano.

O parlamento também decidiu que vai examinar no dia 18 uma moção da União do Centro pela extradição de Battisti.

O ex-militante é condenado à prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, época em que integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

O acordo na área de Defesa prevê o desenvolvimento bilateral de projetos para a construção de navios e fragatas, além da realização de patrulhas.

A aprovação do texto pelo Parlamento italiano é o último passo para a entrada em vigor do acordo, que foi negociado em junho pelos ministros da Defesa da Itália e do Brasil, Ignazio La Russa e Nelson Jobim, respectivamente, e já passou no Senado.

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