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Brasília (Folhapress) – O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), marcou para dia 9 de novembro a votação em plenário da cassação do mandado do deputado e ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (PT-SP). Independente do dia em que o Conselho de Ética analisar o assunto, a votação estará garantida para a semana depois do feriado do dia 2.

Mesmo com a data marcada por Rebelo, Dirceu ganhou mais um dia no Conselho de Ética. O deputado Nilson Mourão (PT-AC) questionou a validade da reunião do Conselho realizada ontem. Ele apresentou uma questão de ordem à Mesa Diretora e pediu a anulação da sessão porque não houve quorum necessário.

O pedido foi acatado e a reunião, que serviria de contagem para o prazo de duas sessões de análise do parecer, foi considerada nula pela Mesa.

Diante da decisão, a votação do parecer que pede a cassação do mandato de Dirceu, inicialmente marcada para ontem, adiada para terça-feira, deverá ocorrer somente na quarta-feira.

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou que a votação pode não sofrer atrasos se o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), conseguir negociar a redução do prazo de vista.

"Cabe agora ao presidente do Conselho conversar com a deputada Angela Guadagnin (que fez o pedido de vista) e ver se ela abre mão de um dos dias do prazo", afirmou.

O cancelamento da reunião de ontem é a terceira articulação da base governista para protelar a votação do processo contra Dirceu.

A primeira delas está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pede o cancelamento do processo sob o argumento de que o PTB, partido responsável pela ação, desistiu de processar o deputado logo depois da renúncia de Roberto Jefferson.

A segunda delas é semelhante à decisão de ontem da Mesa. O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) questionou a validade da sessão em que foi lido o relatório feito por Júlio Delgado (PSB-MG) que pedia a cassação de Dirceu.

Ele argumentou que a ordem do dia no plenário havia iniciado e o Conselho continuou reunido, o que é proibido pelo regimento.

Diante das duas primeiras manobras, o presidente do Conselho havia feito um apelo para que não houvesse mais interferências para que os processos prosseguissem. Izar chegou a dizer que haveria uma "conspiração".

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