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Jovens do Estágio Vivência, indicados pelos deputados. Agora a escolha é por meio de um quiz. | Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Jovens do Estágio Vivência, indicados pelos deputados. Agora a escolha é por meio de um quiz.| Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Um novo programa da Câmara dos Deputados vai permitir que estudantes de todo o país sejam estagiários voluntários da Casa. Durante três dias, o Estágio Participação leva 40 estudantes para conhecer um pouco mais sobre a rotina dos parlamentares federais.

A proposta é que os jovens vejam de perto as discussões no plenário, transitem pelas galerias e conheçam as comissões especiais.

Apesar de ser um estágio voluntário, a Câmara arca com os custos de hospedagem, alimentação e material didático dos 40 jovens selecionados. Podem se inscrever estudantes de graduação ou pós-graduação com idade mínima de 18 anos. A seleção é feita por meio de um quiz com perguntas relacionadas ao tema da edição.

O coordenador do programa, deputado Felipe Burnier (PSD-RJ), diz que o estágio é uma chance para os jovens contribuírem com o trabalho dos parlamentares ao apresentarem novas ideias, críticas e sugestões.

O programa de estágio escolhe um tema a cada edição e permite que os alunos discutam o assunto com os parlamentares. Na edição de estreia, o assunto escolhido foi a reforma política.

Experiência

A estudante Sarah Graçano já participou de uma das edições do Estágio Vivência, um programa que existia na Câmara mas que só permite a participação de jovens indicados por deputados. Ela estava em Brasília no dia em que o novo projeto foi lançado. Sarah conta que pôde andar por todos os espaços da Câmara e que teve liberdade para conversar com os parlamentares. Quando voltou para Curitiba já tinha uma ideia diferente de como é o dia a dia na Casa legislativa. “Eles trabalham mais do que eu imaginava. Trabalham de verdade. Os servidores, os deputados, é uma correria!”

Burbier diz que os parlamentares não vão ter problemas em responder aos questionamentos dos visitantes. “Você tem desde o [Jair] Bolsonaro [deputado que defende a ditadura militar] respondendo, assim como vários outros deputados polêmicos que respondem a todas as perguntas dessa galera. Eles [os jovens] não medem muito as palavras, perguntam de tudo”, afirma.

Mais informações

Veja onde se informar sobre o programa de estágio da Câmara:

eparticipacao.cefor@camara.leg.br

www.camara.leg.br/estagioparticipacao

O coordenador do programa diz que esse contato pode ser importante até mesmo para a vida acadêmica dos alunos. “O jovem é muito crítico e, nesse projeto, eles trazem para cá ideias de como é o trabalho do parlamento e saem com uma outra imagem da Casa. Eles aprendem a diferenciar cada deputado, a saber como eles votam. Acompanham os trabalhos, e as votações.”

As inscrições para a primeira edição do programa já se encerraram. A lista dos candidatos aprovados deveria ser divulgada neste fim de semana.

Vida real

Conhecer a rotina da Câmara pode ser complexo para os estudantes, mas também para os próprios parlamentares. O deputado João Arruda (PMDB-PR), líder da bancada do Paraná na Casa, confessa que só teve noção de como funcionava a dinâmica da Câmara quando viu de perto.

“Experiência política partidária você adquire. Mas, quando eu cheguei aqui, pensava que tudo se resumia ao que se discutia no plenário. Eu me preocupava muito com as pautas do plenário, tentava estudar com antecedência as matérias que iam ser discutidas. Mas isso é praticamente impossível de se fazer”, diz Arruda.

O deputado diz acreditar que trazer os jovens para dentro da Câmara é uma forma de tornar Brasília “mais próxima” dos cidadãos.

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