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Pizzolato foi solto na Itália na terça-feira | Antônio Gaudério/ Folhapress
Pizzolato foi solto na Itália na terça-feira| Foto: Antônio Gaudério/ Folhapress

O procurador-geral da Re­­pública, Rodrigo Janot, admitiu ontem que a decisão da Justiça italiana de negar a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão, foi uma "derrota" para o Judiciário brasileiro. "O perfil do sistema carcerário brasileiro não é bom, e tivemos uma derrota no pedido de extradição exatamente por esse fato", afirmou.

Janot disse que a decisão sobre a extradição de Piz­­zolato pode abrir um precedente "muito perigoso" para o Brasil de "não conseguir mais extraditar ninguém da Comunidade Europeia". "A estratégia da defesa foi explorar presídios que na verdade são enxovias [local insalubre] mesmo", afirmou.

Em audiência na Co­­missão de Constituição e Justiça do Senado, o procurador reiterou que o governo brasileiro recorrerá da decisão e só aguarda a publicação do acórdão para elaborar o recurso. Os brasileiros vão salientar que os locais indicados para Pizzolato cumprir a pena – Papuda (Brasília), Curitibanos e Canhanduba (Santa Catarina)– são totalmente adequados, sem a possibilidade de os presos serem submetidos a condições desumanas e degradantes.

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