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Fernando Baiano, operador do PMDB: multa de mais de R$ 2 milhões. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Fernando Baiano, operador do PMDB: multa de mais de R$ 2 milhões.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró (Internacional) e o lobista do PMDB Fernando “Baiano” Soares terão de pagar multa de R$ 3 milhões. Os dois e o lobista Julio Camargo – que acusou o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de pressionar por propina de US$ 5 milhões em 2011 – foram condenados por corrupção e lavagem de dinheiro pelo juiz federal Sergio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, na segunda-feira (17). O doleiro Alberto Youssef, também denunciado, foi absolvido.

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“O Ministério Público Federal está analisando a sentença para, se for o caso, propor o respectivo recurso”, informou a instituição, no Paraná, em nota. Nestor Cerveró terá de pagar multa de R$ 1.140.725,00. A Baiano caberá R$ 2.074.370,00 do montante.

Eduardo Cunha não é réu na ação. Ele está sob investigação da Procuradoria-Geral da República porque detém foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal.

Nestor Cerveró, Fernando Baiano e Julio Camargo haviam sido denunciados pela força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal em dezembro de 2014.

Segundo a Procuradoria da República, em 2006, Nestor Cerveró, então diretor da área Internacional da Petrobrás, e Fernando Baiano acertaram com Julio Camargo o pagamento de cerca de US$ 15 milhões de propina para que fosse viabilizada a contratação, pela estatal, do navio-sonda Petrobras 100000 com o estaleiro Samsung Heavy Industries no valor de US$ 586 milhões. O navio seria utilizado para perfuração de águas profundas na África.

A força-tarefa sustentou que após as negociações – e confirmada a promessa de pagamento da propina -, Cerveró adotou as providências necessárias para que a contratação do navio-sonda fosse efetivada. De acordo com o Ministério Público Federal, Fernando Baiano, então, passou a receber a propina combinada e, em seguida, a repassar uma parte dos valores a Cerveró.

Na denúncia, a Procuradoria apontou que o esquema se repetiu de forma ‘praticamente idêntica’ no ano seguinte. Na segunda ocasião, diz a força-tarefa, foi acertado entre Soares, Cerveró e Camargo o pagamento de propina de cerca de US$ 25 milhões para a viabilização do navio-sonda Vitoria 10000, que operaria no Golfo o México, com o estaleiro Samsung Heavy. A contratação foi estimada em US$ 616 milhões.

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