• Carregando...

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava, às 10h desta quinta-feira (2), 18,6% de lentidão nos 818 km de trânsito monitorados nesta manhã marcada pela greve dos metroviários. O número equivale a 152 km de lentidão. Como a CET mudou há duas semanas a base de cálculo de congestionamento na capital -o total de vias monitoradas subiu de 520 km para 830 km - não há comparação com outros períodos para saber se o trânsito está acima da média.

De acordo com a CET, a Zona Sul da cidade é a que concentra mais pontos de lentidão, com 51 km de congestionamento. Isso ocorre porque, além da paralisação do Metrô, o paulistano enfrenta interdição de ruas próximas ao Aeroporto de Congonhas, onde o avião da TAM colidiu com um prédio da mesma companhia, dia 17 de julho.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu nesta quinta-feira (2) o rodízio municipal de veículos em função da greve dos metroviários de São Paulo, anunciada na quarta (1º).

A decisão pode refletir no já caótico trânsito da Capital, pois os carros cujas placas terminem em 7 e 8 estão autorizados a circular no perímetro delimitado pelo Centro Expandido da cidade. Normalmente, a operação Horário de Pico funciona diariamente entre 7h e 10h e 17h e 20h.

Greve

Os metroviários decidiram em assembléia realizada no início da noite de quarta declarar greve no Metrô a partir da 0h de quinta. A paralisação deve prejudicar cerca de três milhões de pessoas que usam diariamente o transporte, segundo o Metrô. Os metroviários querem rediscutir o plano de Participação dos Lucros e Resultados (PLR).

A decisão saiu por volta de 20h. Os sindicalistas chegaram a propor ao Metrô o funcionamento de 85% da frota, desde que as catracas fossem liberadas gratuitamente aos passageiros. O objetivo era minimizar os efeitos da paralisação.

Passagem gratuita negada

A direção do Metrô, no entanto, não aceitou a proposta feita pelo Sindicato dos Metroviários e não vai liberar a passagem gratuita de usuários pelas catracas das estações. Segundo a assessoria de imprensa, o Metrô "considerou o pedido descabido".

De acordo com a assessoria do Metrô, abrir gratuitamente as catracas aos usuários "é crime, poderia ser caracterizado como evasão de rendas e não seria seguro, pois a decisão poderia superlotar o sistema e comprometer a segurança nas estações".

Plano B

Para minimizar os efeitos provocados com a greve no Metrô, a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e a São Paulo Transporte (SPTrans) colocaram em ação o Plano de Apoio Entre Empresas Frente a Situações de Emergência (Paese).

De acordo com a SPTrans, toda a frota de 15 mil carros será colocada em circulação. A principal mudança é que os ônibus que fazem interligação com estações do Metrô não farão paradas nestes locais e seguirão para o Centro da cidade.

Os coletivos que vêem da Zona Leste irão até o Parque Dom Pedro. Os ônibus provenientes da Zona Norte seguirão para a Praça da Luz e os da Zona Sul, para a Praça João Mendes, perto da estação Sé do metrô.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também adotou medidas para evitar um caos maior no trânsito. Pretende antecipar o horário dos agentes da empresa (marronzinhos) atuando nas ruas e reforçar o monitoramento nos principais corredores viários da cidade.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]