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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na terça-feira que seu país e Cuba estão sob ameaça por causa do treinamento militar que os EUA realizam atualmente no Caribe.

A chamada "Operação Parceria das Américas", que começou neste mês e vai até o final de maio, inclui 6.500 marines, um porta-aviões e três navios.

Os EUA dizem que o objetivo é estreitar as relações entre as Forças Armadas norte-americanas e as de países aliados da região, assim como melhorar o combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas e pessoas.

Para Chávez, porém, há outros objetivos -- ele frequentemente alerta para a possibilidade de uma invasão dos Estados Unidos, país com o qual Caracas mantém péssimas relações.

- Usam territórios do Caribe contra nós. Essa é uma ameaça contra nós, não só contra a Venezuela, contra Cuba - disse Chávez em discurso a estudantes no noroeste do país. - Porta-aviões trouxeram não sei quantos aviões, não temos medo deles, e se tiverem a idéia de voltar vamos derrotá-los aqui.

Chávez diz que havia navios dos EUA na costa venezuelana quando ele sofreu uma tentativa de golpe, em 2002, mas que os barcos se afastaram quando da sua volta ao poder. Os EUA negam repetidamente participação no incidente.

Também na terça-feira, o chanceler venezuelano, Ali Rodríguez, disse que a manobra militar no Caribe tem um número "desproporcional de participantes" e garantiu que, apesar de os EUA não terem condições de invadir a Venezuela, "não se deve nunca baixar a guarda".

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