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Doze pessoas já morreram em Minas Gerais em decorrência das chuvas. Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), o número corresponde aos mortos desde 1º de outubro deste ano. O levantamento ainda não inclui o caso do homem que foi levado pela enxurrada em Açucena, cujo corpo ainda não foi encontrado. No estado, 1.627 pessoas ficaram desabrigadas desde o início do período chuvoso e 4.189 ficaram desalojadas. Ao todo, 14 cidades já decretaram situação de emergência e, uma, decretou, de calamidade pública.

No município de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, duas pessoas morreram durante um temporal, que durou mais de quatro horas nesta quinta. Já são 312 moradores desalojados e cem desabrigados. Foi decretado estado de emergência. Eles foram levados para a casa de parentes e amigos, ou estão sendo encaminhados para um núcleo assistencial do Projeto Curumim. As vítimas também estão abrigadas nas unidades do Salão dos Vicentinos em dois bairros. A prefeitura informou que a população está solidária e tem participado da campanha de doação de alimentos e roupas. O governo estadual doou 500 cestas básicas, colchões, cobertores e lonas plásticas para moradores da região. Os produtos vão ser distribuídos entre Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano, que vai ficar com 280 cestas básicas, cem cobertores, cem colchões e três rolos de lona. A cidade amanheceu com o tempo nublado, mas sem chuva, depois de quatro dias chovendo.

A cidade de Ipatinga, no Vale do Aço, também decretou estado de emergência por causa da chuva desta semana. Uma mulher de 54 anos morreu nesta quinta-feira, soterrada dentro de casa pelo deslizamento de uma encosta. A filha dela ficou ferida na perna e foi levada para o Pronto Socorro Municipal. Houve queda de muros, alagamentos e casas destruídas. Dezoito cidades decretaram estado e emergência desde outubro em Minas, por causa da chuva. Um município, Jampruca, na região do Vale do Mucuri, decretou estado de calamidade pública.

Também no Vale do Aço, os bombeiros procuram o rapaz de 22 anos desaparecido desde quarta-feira em Açucena. A última vez que a família viu Edson de Morais Ribeiro foi quando ele saiu para pescar em um rio da cidade. O prefeito Ademir José Simam diz que a cidade teve problemas com a chuva, como a queda de muros e telhados de pelo menos cinco casas. O rio Santo Antônio transbordou e deixou três comunidades sem acesso ao município. De acordo com o prefeito, os moradores dos distritos de Gama, Felicina e Naquinho precisam fazer um desvio de 60 quilômetros para chegar a Açucena. A estrada vai ser liberada em cinco dias. A rodovia de acesso à cidade também está parcialmente interditada.

Várias cidades da região do Vale do Rio Doce tiveram prejuízos com a chuva nesta semana. De acordo com a Defesa Civil, 15 pessoas estão desabrigadas e 95 estão desalojadas na cidade de Água Boa. Trinta casas foram inundadas pela elevação do nível de um ribeirão em Marliéria. Quatorze famílias estão desalojadas e cinco ficaram desabrigadas na cidade. Outras cinco famílias estão desabrigadas em Santana do Paraíso. Em Jaguaraçu, houve inundação em vinte casas, seis lojas e uma igreja evangélica. O muro da prefeitura e uma ponte também caíram. Trinta e cinco pessoas ficaram desalojadas, mas algumas delas já estão voltando para casa. A prefeitura de Peçanha registrou estragos na área urbana e rural do município, como deslizamentos, alagamentos e inundações. A estrada que liga a cidade ao distrito de Santa Tereza do Bonito está parcialmente interditada. Itambacuri também registrou prejuízos como queda de barreiras e desmoronamento de casas por causa das fortes chuvas.

Na capital mineira, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil registrou 75 ocorrências, nehuma com vítimas, segundo os técnicos. A maioria dos chamados foi feita na quinta-feira, mas não houve tempo de realizar todos os atendimentos, segundo a Defesa Civil. Os casos mais comuns são de paredes trincadas e risco de queda de muro. Choveu pouco em Belo Horizonte na madrugada, mas há mais previsão de chuva nesta sexta-feira.

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