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O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira (11) que, embora pertença ao PT, não representa o governo na disputa pela presidência da Câmara.

"Não me imagino um segundo em ser candidato do governo ou antigoverno. Vou cumprir a Constituição, que determina que a Câmara seja independente, e assim será", disse Chinaglia, após receber o apoio oficial da bancada do PSDB para sua candidatura à presidência da Câmara.

A declaração foi dada logo após o PSDB anunciar apoio à candidatura do petista.

Chinaglia afirmou ainda que o fato de ter vínculo com o presidente da República diz respeito a sua trajetória política e "nada tem a ver com o exercício da função (de presidente da Câmara)".

Sobre ter recebido apoio do principal partido de oposição ao governo, Chinaglia afirmou que a decisão "não é pessoal, mas sim democrática e obedece o princípio da proporcionalidade."

A decisão do PSDB valerá ao partido a vice-presidência da Câmara. Segundo o líder tucano na Casa, Jutahy Magalhães Júnior (BA), o indicado para o cargo deverá ser o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG).

O petista afirmou que, mesmo tendo apoio das três maiores bancadas da Câmara - PMDB, PT e PSDB - , "é presunçoso antecipar resultados, ainda mais de vitória". "É evidente que o apoio tem dimensão de que meu esforço de ser presidente com gestão democratica, representadas as várias correntes de opinião, está extremamente fortalecido", disse.

Aumento

Sobre a discussão polêmica de reajustar em 91% os salários dos deputados federais no próximo mandato, Chinaglia disse que conduzirá o tema "sem virar as costas para a sociedade". "A situação foi pessimamente conduzida. A minha responsabilidade será conduzir de maneira que ao votarmos no plenário tomemos decisão em discussão com a sociedade". Chinaglia destacou, no entanto, que a decisão do plenário é "soberana".

Ao ser questionado sobre sua decisão anterior, de apoio ao reajuste, Chinaglia disse que o presidente da Casa "não tem posição".

Dirceu

A respeito dos rumores de que seria o candidato do ex-ministro e ex-deputado José Dirceu, afirmou que foi "escolhido por unanimidade pela bancada do PT". "Ali (na bancada) tem deputados que participam da corrente política do Dirceu e imensa participação de parlamentarem que pertencem a outras correntes.

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