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Richa e Chinaglia, 1º à esq. de Beto: "Disputas ficaram para trás" | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Richa e Chinaglia, 1º à esq. de Beto: "Disputas ficaram para trás"| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Susto

Avião do candidato do PSB faz pouso de emergência

O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG), candidato à presidência da Câmara, passou ontem um sustou no avião que o levava para Porto Alegre (RS). Delgado estava a bordo do avião da companhia aérea Azul que saiu do aeroporto de Confins, em Minas Gerais, na manhã desta segunda-feira, 19, com destino a Porto Alegre e fez um pouso de emergência na Base Aérea de Canoas após sofrer uma pane no sistema de freios. Apesar disso, ele contou que o piloto do avião em que viajava tentou se aproximar por três vezes do Aeroporto Salgado Filho, mas em momento algum a aeronave chegou a arremeter. Segundo Delgado, no momento de iniciar o procedimento de descida, o piloto relatou aos passageiros um problema no flap direito. "Eu estava até perto da asa direita e vi que realmente não estava abrindo", disse. "Depois, ele [o piloto] voltou falando que estava refazendo os cálculos, porque a pista do Salgado Filho é curta, é insuficiente. Ele precisava de uma pista maior para fazer a frenagem da aeronave em função do que ele tinha de sistema de freio [funcionando]." O deputado contou que quando o piloto constatou uma nova pane, desta vez no sistema do lado esquerdo, a companhia aérea recomendou um pouso de emergência na Base Aérea de Canoas, a 20 quilômetros de Porto Alegre – e onde a pista tem 471 metros a mais. "Quando pousamos tinha bombeiro e ambulância esperando, mas ninguém se machucou. [O pouso] foi mais forte, teve aquela freada mais forte. Todo mundo aplaudiu, tinha muita gente chorando, rezando e agradecendo", contou o deputado.

Candidato à presidência da Câmara Federal, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) visitou ontem Curitiba. Ele se reuniu com o governador Beto Richa (PSDB), com o prefeito Gustavo Fruet (PDT) e, mais tarde, jantou com deputados do PT e do PCdoB. Durante a visita, negou que tenha um acordo com o candidato Júlio Delgado (PSB-MG) de apoio mútuo caso haja um segundo turno na disputa pelo comando da Câmara contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele disse ainda que podem haver "novidades" nos próximos dias em relação ao apoio formal de partidos.

Segundo reportagem do jornal O Globo, na última sexta-feira Chinaglia teria declarado apoio a Delgado, que é o candidato da oposição, contra Cunha, em um eventual segundo turno. Em Curitiba, o petista negou ter feito essa afirmação. "Eu disse que, se eu não fosse ao segundo turno, não teria dificuldade nenhuma de apoiá-lo. E, se eu for ao segundo turno e ele não, gostaria de ter seu apoio. Mas nós não combinamos, não existe esse acordo, fiz apenas esse registro elogioso [de Delgado]", disse.

Chinaglia disse ainda que as conversas com partidos da base aliada "estão bem" e que está "otimista" com a construção de um "grande bloco". "Durante esta semana, podemos ter alguma novidade", disse, sem especificar qual. O deputado falou, entretanto, que, até o momento, conta com o apoio apenas do PT, do PCdoB e do Pros. Questionado sobre a pauta conservadora proposta por Cunha, o petista disse que não tem a candidatura do peemedebista como referência, e que a agenda do Legislativo deve se aproximar dos problemas vividos pela população.

Visita

O petista começou sua visita a Curitiba pelo Palácio Iguaçu. Após se reunir com Richa, ele minimizou os atritos do governador com o PT. "As disputas ficaram para trás. O povo decidiu, e os eleitos têm a legitimidade do mandato. A Câmara tem de ter uma agenda nacional, e o presidente tem que ouvir os partidos de oposição e de apoio ao governo", disse. Ao longo dos últimos anos, o tucano acusou o governo Dilma de perseguição política.

Durante a visita, ele foi acompanhado pelos deputados federais eleitos Ênio Verri (PT), Toninho Wandscheer (PT), Aliel Machado (PCdoB) e Orlando Silva (PCdoB-SP). Uma pequena comitiva do PSD – incluindo Evandro Rogério Roman, Pedro Guerra e o secretário-chefe da Casa Civil Eduardo Sciarra – encontraram o petista no Palácio. Em seguida, o grupo visitou Fruet – que conta com o apoio do PT na administração. À noite, Chinaglia jantou com os deputados federais do PT, do PCdoB e com o ex-deputado Ricardo Gomyde (PCdoB).

Campanha

Os adversários do petista também visitaram Curitiba nos últimos meses. Em dezembro, Cunha, considerado seu principal oponente, se encontrou com Richa, Fruet e com o presidente da Assembleia Legislativa Valdir Rossoni (PSDB). Na semana passada, foi a vez de Delgado se reunir com o governador.

Petista não cita o PT em seu material de campanha

Estadão Conteúdo

Candidato à presidência da Câmara Federal, o deputado Arlindo Chinaglia não faz qualquer menção a seu partido, o PT, em seu material de campanha. O parlamentar tampouco usa o tradicional vermelho de sua sigla no encarte, que adota as cores branca, amarela, azul e verde.

Chinaglia, que tem acusado seu principal adversário, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), de se valer do clima pós-eleitoral para se beneficiar de um sentimento antipetista no Legislativo, não faz nenhuma menção ao PT nos textos que compõem seu folder de campanha. No encarte impresso pela campanha de Cunha, o PMDB é citado quatro vezes no trecho que detalha sua atuação parlamentar.

Promessas

Em seu material de campanha, Chinaglia faz promessas eleitorais que beneficiam os parlamentares, como o reajuste da verba de gabinete, a construção de um novo anexo para acomodar os escritórios dos parlamentares e a equiparação salarial dos deputados com os ministros do Supremo Tribunal Federal. Estas duas últimas promessas também fazem parte da plataforma de Cunha.

Chinaglia não se compromete, no entanto, com a aprovação do chamado orçamento impositivo, mecanismo pelo qual o governo é obrigado a executar as emendas parlamentares individuais. Sobre o tema, o petista alega que "os órgãos técnicos da Casa garantirão a efetiva implementação do ciclo orçamentário das emendas parlamentares".

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