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O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT buscar-SP), disse ter sido "surpreendido" pela decisão da Comissão de Finanças e Tributação da Casa de aprovar nesta quinta-feira (22) um aumento de 26,49% nos salários dos parlamentares e se isentou de responsabilidade em relação à decisão da comissão.

Ele afirmou que a palavra final será dada pela mesa diretora e pelo plenário, sem garantir que a proposta aprovada pela comissão nesta quinta será levada a voto nas próximas semanas.

Irritado, Chinaglia disse que sabia que a comissão discutiria o assunto, mas afirmou que não esperava que qualquer projeto fosse aprovado nesta quinta.

"Fui surpreendido. Estou tendo que responder por algo que não fiz. O que conta é a votação em plenário", disse. "A surpresa se traduz no dia e no conteúdo. A responsabilidade é da comissão. Na medida em que o regimento permite, ela pode fazer isso", ressaltou.

Segundo ele, está mantido o planejamento da mesa diretora de ouvir os líderes dos partidos e, depois disso, enviar uma proposta para ser votada em plenário.

O tema, de acordo com Chinaglia, já deve ser discutido na reunião de líderes na próxima terça-feira (27), sem previsão de votação em plenário.

"Vamos tratar disso em plenário após ouvir os líderes. É evidente que a representatividade dos líderes tem mais condições de responder pelo plenário", disse.

Chinaglia disse que ainda não leu o que foi aprovado na comissão. Os projetos de decreto legislativo aprovados aumentam em 26,49% os salários dos parlamentares, do presidente da República, do vice e dos ministros.

Com esse reajuste, os salários de deputados senadores, hoje em R$ 12.847,20, ficariam para R$ 16.250,42. Já a remuneração do presidente da República saltaria de R$ 8.885,48 para R$ 11.239,24, e o do vice-presidente e dos ministros, atualmente em R$ 8.362,80, passaria a R$ 10.578,11.

Os projetos são de autoria do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), presidente da Comissão de Finanças, e ainda precisam de aprovação em plenário na Câmara e no Senado.

Um outro projeto aprovado pela mesma comissão nesta quinta prevê que os parlamentares utilizem parte da verba indenizatória sem apresentação de nota. "Não li ainda, mas sou contra", disse o presidente da Câmara.

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