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As chuvas que atingiram São Paulo neste mês já causaram prejuízos em 66 municípios. As áreas mais atingidas estão no centro e no oeste do estado. Na capital, voltou a chover forte na tarde deste domingo e todas as regiões ficaram em estado de observação. Houve 12 pontos de alagamento e o aeroporto de Congonhas fechou por cerca de 1 hora.

Em Reginópolis, a 396 quilômetros da capital, o córrego Corredeira subiu rapidamente, inundou casas e deixou a cidade praticamente isolada. Cerca de 40 famílias estão desabrigadas. A cidade decretou estado de emergências para conseguir ajuda do estado. Desde o início de dezembro, as chuvas já desabrigaram 1.920 pessoas. A maioria conseguiu abrigo provisório na residência de parentes, mas 375 ainda vivem em abrigos públicos, assistidas pela Defesa Civil.

No oeste do estado, os municípios de Getulina, Lins, Cangaí e Paraguaçu Paulista tiveram prejuízos com inundações e interdição de estradas. A rodovia 153 está intransitável porque o asfalto cedeu em vários pontos, deixando Getulina em estado de alerta. Em Paraguaçu, a represa da cidade, que ocupava 170 hectares, rompeu e até o cemitério da cidade ficou inundado. O prejuízo não foi maior porque a água escoou por um rio que corta a zona rural da cidade. Em Campos do Jordão, em cinco dias, choveu 80% do que era previsto para o mês.

Em Sorocaba, 120 casas tiveram de ser interditadas por causa do risco de desabamento. A prefeitura levou cerca de 450 pessoas para abrigos. Na cidade vizinha, de Tatuí, o rio que corta a cidade subiu cinco metros e várias casas têm água até o telhado. Pelo menos uma residência desabou.

A secretaria nacional de Defesa Civil emitiu alerta, nesta segunda-feira, para a possibilidade de chuva forte em sete estados, incluindo São Paulo. As tempestades podem vir acompanhadas de descargas elétricas e de rajadas de vento de até 60 km/hora no norte, leste e centro-oeste de São Paulo.

De acordo com os meteorologistas, uma frente fria está estacionada sobre o litoral paulista, o que provoca nuvens carregadas em todo o estado e aumenta as chances de chuva forte no litoral norte e no Vale do Paraíba. A temperatura ainda tende a cair durante a madrugada e pode baixar até 16ºC.

Apenas na primeira semana de janeiro, cinco pessoas morreram no estado, duas delas vítimas de desmoronamentos em Jundiaí e Franco da Rocha, na Grande São Paulo; um jovem morreu em Limeira, quando o telhado de uma fábrica desabo; e as outras duas pessoas foram atingidas por raios - em Presidente Prudente, no interior, e São Lourenço da Serra . Outra morte ocorreu em Guarulhos, em dezembro.

No município de São Lourenço da Serra uma mulher pode ter sido a quinta vítima da chuva neste ano. Ela recebeu uma descarga elétrica ao atender o telefone e morreu.

A preocupação com a chuva aumenta, porque um levantamento feito pela Defesa Civil mostrou que há 223 áreas de risco na capital. São encostas de morro, regiões próximas a córregos, casas construídas em barrancos, que podem deslizar com mais chuva, que está sendo causada por ventos que vêm do norte e nordeste.

Na região de Campinas, 12 cidades estão em estado de atenção por causa da chuva. São os municípios de Pedreira, Amparo, Socorro, Serra Negra, Águas de Lindóia, Indaiatuba, Lindóia, Valinhos, Sumaré, Itapira, Piracicaba, Limeira. Além disso, Capivari e Hortolândia estão em estado de alerta.

Em Hortolândia, o problema é o risco de desabamento em vários pontos da cidade. Em Capivari, nove famílias do bairro Moreto foram removidas de suas casas desde domingo, devido à cheia no Rio Capivari. Segundo a Defesa Civil, o rio subiu 1,68 metro. Cinco famílias foram removidas antes da subida do rio. Com a cheia, mais quatro famílias foram durante a madrugada. Seis famílias foram levadas para um abrigo da prefeitura e outras três foram para casas de parentes. Em Campinas, dez moradias foram interditadas preventivamente por risco de desabamento ou deslizamento.

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