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O índice de rejeição aos candidatos à Presidência da República ainda está relacionado ao desconhecimento da população sobre os presidenciáveis, avalia o diretor de Operações da CNI, Rafael Lucchesi. De acordo com ele, o eleitor ainda tem um elevado grau de desconhecimento sobre os candidatos, que se soma ao fato de que parte deles ainda não assumiu a candidatura.

Isso explica, segundo ele, por que o tucano José Serra possui a menor rejeição entre os consultados - 25% dos entrevistados responderam que não votariam em Serra de jeito nenhum. O governador de São Paulo, que já concorreu à Presidência em 2002, foi prefeito da capital paulista e ministro da Saúde e do Planejamento, é o mais conhecido pelos entrevistados - 65% dos consultados responderam que o conhecem bem ou mais ou menos.

De acordo com Lucchesi, isso explica também a expressiva queda da rejeição à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em setembro, 32% dos entrevistados diziam conhecê-la e 40% afirmavam que não votariam na ministra de jeito nenhum. Em março 44% responderam que conheciam Dilma e o porcentual dos que declararam que não votariam na ministra de forma alguma caiu para 27%.

A rejeição a Ciro é praticamente igual à de Dilma - 28% dos consultados responderam que não votariam em Ciro de jeito nenhum mas a rejeição à ministra caiu 12 pontos porcentuais entre novembro e março, enquanto a de Ciro caiu cinco pontos porcentuais.

Conforme Lucchesi, o argumento também justifica a rejeição à senadora Marina Silva (PV-AC), a maior entre os presidenciáveis - 31% responderam que não votariam na senadora de jeito nenhum, e apenas 23% disseram conhecê-la bem ou mais ou menos.

"Neste momento em que as eleições ainda estão distantes, a rejeição de um candidato está diretamente associada ao grau de desconhecimento da população sobre seu nome", afirmou Lucchesi. "Em algum momento mais para frente, a população vai ter conhecimento sobre todos os candidatos e poderá rejeitá-los justamente por conhecê-los. Mas isso ainda não está acontecendo" acrescentou o gerente de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca.

O grau de desconhecimento e de indecisão da população sobre as eleições foi percebido na simulação espontânea da pesquisa CNI/Ibope. A maior parte dos entrevistados (42%) respondeu que ainda não sabe em quem vai votar nas eleições. Em seguida, o nome mais citado foi o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 20% das intenções de voto. Quem surpreendeu foi Dilma, que apareceu em segundo lugar, com 14% das intenções de voto, à frente de Serra, com 10%.

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