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O futuro político da ex-secretária Fernanda Karina Somaggio já parece traçado. Cobiçada por diversos partidos desde que revelou o esquema que envolvia seu ex-patrão, o publicitário Marcos Valério de Souza, com o mundo político, Fernanda Karina deverá filiar-se ao PFL e tentar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2006. A filiação será no PFL de São Paulo, estado para onde irá transferir seu título e seu domicílio eleitoral. Para cumprir os prazos legais, a ex-secretária terá de se mudar até outubro.

O destino político de Fernanda Karina foi revelado ontem pelo seu advogado, Rui Pimenta, em entrevista ao GLOBO. Ele disse que há convites de seis partidos, mas nenhum "tão tentador" como o do PFL paulista. O advogado é quem está cuidando da futura carreira política da ex-secretária.

— A proposta mais vantajosa até agora, e que tem seduzido, é a do PFL de São Paulo. Hoje, decidiria por esse caminho. Foi feito um convite formal e com proposta de ajuda financeira na campanha eleitoral — disse Pimenta.

Fernanda Karina confirmou ao GLOBO, em entrevista na sexta-feira, que já recebeu diversas propostas e que a possibilidade de voltar para São Paulo lhe agrada.

— Foi o estado em que eu nasci (na cidade de Mococa). Se houver essa possibilidade, volto para lá sem qualquer problema. A causa é nobre — disse a ex-secretária.

Pimenta e Fernanda Karina reuniram-se semana passada, em São Paulo, com o empresário Ameleto Waetge, vinculado ao PFL e conselheiro vitalício da Associação Comercial de São Paulo. Pimenta acredita que a ex-secretária conseguirá se eleger e ainda puxará votos para outros dois ou três candidatos do PFL ou da coligação.

— Fernanda Karina vai ter perto de 400 mil votos — aposta Rui Pimenta.

O advogado também negociou com a revista "Playboy" um ensaio fotográfico da ex-secretária. Mas as conversas não evoluíram, porque Pimenta pediu R$ 2 milhões de cachê e a direção da revista não aceitou:

— Pedi alto para eles recusarem e ela não posar. Querem abaixar o preço, mas não tem jeito.

Fernanda Karina, porém, ainda não descarta o acordo com a revista. O cachê ajudaria a financiar sua campanha eleitoral no ano que vem.

— Todo mundo sabe que sou dura, que não tenho um centavo mesmo — disse ela.

A ex-secretária, que revelou em seu depoimento na CPI dos Correios ser petista e ter votado em Luiz Inácio Lula da Silva para presidente, afirmou que não vê contradição em filiar-se ao PFL, partido que faz oposição ao PT. Ela acha difícil filiar-se ao PT do presidente:

— No PT tem pessoas excelentes e pessoas ruins. O partido está precisando de uma boa limpeza. Nada tenho contra eles. Os petistas é que devem ter contra mim.

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