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O Ibope divulgado ontem pela Gazeta do Povo revela que o Paraná é um dos pontos fracos na campanha de Lula.

O presidente aparece com 35% das intenções de voto. O mesmo instituto, em pesquisa divulgada pelo jornal dois dias antes, mostra que no país todo são 44% os favoráveis à reeleição do petista. Uma diferença de quase dez pontos que poderia decidir entre a existência ou não do segundo turno.

Uma das explicações para a discrepância pode ser o conhecido conservadorismo do estado. É sempre bom lembrar que Afif Domingos ficou em primeiro lugar em Curitiba, em 1989.

Na mesma eleição, Lula, que na época representava uma esquerda mais combativa, amargou um quarto lugar no estado. Ficou atrás de Collor, Afif e Brizola.

Outra explicação é lembrada pelo cientista político Adriano Nervo Codato, da UFPR. "A votação de Lula vem na razão direta do número de bolsas-família concedidas", diz ele. Como o Paraná tem menos dependentes do auxílio social do que estados do Norte e Nordeste, é natural que o presidente ande mal por aqui. Sorte de Geraldo Alckmin. No Paraná, ele tem três pontos a mais do que na média brasileira. Codato diz que não é à toa. "O curitibano se encaixa bem no perfil do eleitor tucano", afirma.

A toda prova

O vereador Paulo Salamuni é um otimista.

Candidato ao Senado, depois de cinco mandatos na Câmara de Curitiba, ele recebeu a informação de que, segundo o Ibope, ainda está no traço, contra 54% de Alvaro Dias e 2% ou 1% de outros adversários.

Mesmo assim, diz que vai explorar a rejeição do candidato mais forte.

"Vou apostar no voto dos professores e no fato de ser vice-presidente da União dos Vereadores do Paraná", afirma.

Presidência vaga

Garantir de novo a vaga na Assembléia Legislativa será apenas o primeiro passo para alguns dos deputados estaduais do Paraná. O segundo será disputar a presidência da Casa. Hermas Brandão vinha monopolizando o poder nos últimos anos.

Ganhou três vezes consecutivas o cargo mais importante do Legislativo local. Ficou seis anos como presidente, Agora, com Hermas fora da disputa, já há conversas de bastidores para ver de quem é a vez. A eleição ocorre no início do próximo mandato.

Isto também é política

As empresas que operam o sistema de ônibus de Curitiba estão com o serviço em suas mãos há décadas.

Algumas estão nas ruas desde 1974. Não tiveram, nesse tempo todo, de passar por qualquer licitação ou por qualquer outro processo do gênero. Nem que fosse para provarem que eram realmente as mais habilitadas a prestar o serviço.

Agora, o caso está na Justiça e a prefeitura está preparando uma licitação. Neste fim de semana, as empresas, reunidas em um fórum, fizeram publicar um longo anúncio contando como vêem a história.

E pedem que o processo da nova lei de transporte seja discutido com transparência. Na verdade, transparência com o uso do dinheiro público é o que todos querem.

O que sempre deveria ser feito. Por isso mesmo a licitação deve ser realizada.

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