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Correm em ritmo acelerado as obras de reforma e adaptação do hotel 5 estrelas que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) comprou por R$ 25 milhões e para onde pretende mudar-se no mais breve tempo possível. Aliás, a parte mais alta da hierarquia da instituição já é hóspede permanente do prédio e trabalha na decoração.

O hotel da rede internacional Crowne Plaza fechou as portas no dia 16 de dezembro, semanas após o decreto de desapropriação 6090/2012 assinado pelo governador Beto Richa. O imóvel e a franquia da marca pertenciam a um grupo de empresários de Pato Branco, Sudoeste do estado. Os cem funcionários do hotel foram despedidos e ainda esperam por direitos que não lhes teriam sido pagos.

O edifício, de 13 andares, situado no centro histórico de Curitiba (pertinho do Centro Cívico), além de suí­tes com hidromassagens, salões de festas, spa e academias de ginástica, dispõe também, no topo, de um dos raros helipontos da cidade. Não se sabe o quanto custará a reforma e nem se serão preservadas algumas das características do luxuoso cinco estrelas que ali funcionou por anos. Sabe-se, contudo, apenas a título de comparação, que é de R$ 4,5 milhões o custo para construir uma das 95 delegacias-cidadãs que o governo prometeu há dois anos e não fez ainda nenhuma.

Dos R$ 25 milhões despendidos pelo governo para a compra do imóvel, R$ 22 milhões saíram do orçamento da Cohapar – empresa pública estadual que constrói casas populares ao custo, cada uma, de cerca de R$ 50 mil. Pensando bem, o investimento na compra do hotel daria para reduzir a fila da casa própria em cerca 750 unidades.

A nova sede da Procuradoria – em substituição ao edifício alugado que ocupa nas proximidades da rodoviária velha – promete centralizar num só lugar os gabinetes dos 148 procuradores lotados na capital. Trata-se de uma mudança nos planos iniciais que, logo após concurso que ampliou o quadro da PGE no ano passado, previam que os profissionais seriam alocados diretamente em secretarias e outros órgãos públicos que mais demandam serviços de assistência jurídica.

Olho vivo

2014 logo ali 1

Prefeitos de todo o Paraná e de todos os partidos, empossados há 15 dias, estão recebendo um educado ofício-circular assinado pelo chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Sebastiani. Nele, o secretário transmite o desejo do governador para que todos tenham "pleno e bom êxito" na gestão que agora iniciam e aproveita para pedir aos prefeitos que indiquem os nomes de um deputado estadual e um federal que detenham o "mando" político no município.

2014 logo ali 2

Para quem "manja" do assunto, a tradução é a seguinte: o governo quer saber quais os parlamentares que os prefeitos gostariam de ver prestigiados pela administração estadual. Assim, cada vez que houvesse uma liberação de recursos, a realização de uma obra ou de um simples evento, o governo saberia exatamente a quem agradar concedendo os créditos políticos aos respectivos parlamentares. Desse modo, a distribuição de agrados bem dirigidos se torna mais eficaz. Tudo porque 2014 está logo ali.

DER x Obras 1

Depois de ter o segundo andar reformado para dar mais conforto à equipe do secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o histórico edifício Oswaldo Pacheco de Lacerda, inaugurado em 1965 para abrigar o Departamento de Estradas de Rodagem, passará por mais uma reforma interna. Desta vez para abrigar a Paraná Edificações, que fará os serviços da antiga Secretaria de Obras que não funcionou nos últimos dois anos. No período os técnicos ficaram acomodados em dependências do DER.

DER x Obras 2

A nova pasta ficará no sexto andar do histórico prédio tombado em 2009. Prevalecendo os critérios da reforma do segundo andar, as linhas internas ficarão totalmente alteradas. Ainda sobre o DER: o órgão teve quatro chefias em dois anos. Pela ordem, Amaury Cavalcanti, Nelson Farhat, Paulo Melani e Nelson Leal.

Os três primeiros do quadro interno e o último funcionário da prefeitura de Curitiba na gestão de Luciano Ducci.

Soluções 1

Por ser uma entidade não governamental e de direito privado, são quase nulas, do ponto de vista jurídico, as possibilidades de o prefeito Gustavo Fruet impor o nome de sua preferência na presidência do Instituto Curitiba de Informática (ICI). Juridicamente, frise-se. Entretanto, há condições para que o dilema encontre solução política.

Soluções 2

Um primeiro passo já foi dado: o atual presidente, remanescente da administração passada, tomou a iniciativa de colocar o cargo à disposição. Mas como seu afastamento não resolve tudo, Fruet pediu que ele permanecesse no cargo por mais, no máximo, 60 dias. É o prazo que quer para mover peças do xadrez político que deem à prefeitura maior controle sobre o ICI.

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