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Taxista depilou o corpo inteiro e fez uma tatuagem para ganhar o fusca | Gazeta do Povo
Taxista depilou o corpo inteiro e fez uma tatuagem para ganhar o fusca| Foto: Gazeta do Povo

"Precisamos trocar o bico do tucano pelo bico do sabiá."

Do ex-presidente Fernando Henrique, que estará em Curitiba amanhã para seminário do PSDB, chamando os filiados a defender as realizações do partido em todos os níveis de governo: federal, estadual e municipal.

Incomodado com a recomendação que o Ministério Público do Paraná lhe fez na semana passada para demitir os parentes que encastelou no governo, Requião vinga-se da instituição movendo uma campanha em que denuncia como exorbitantes os salários pagos aos seus procuradores e promotores.

Na última sexta-feira, em Pinhais, e diante do ministro da Justiça, Tarso Genro, o governador repetiu o mesmo discurso que fez no dia anterior em Foz do Iguaçu, que, por sua vez, era igual ao que já pronunciara na "escolinha" em vezes anteriores.

Desta vez, o lugar e as circunstâncias eram bem diferentes. Tarso Genro veio para um evento organizado por Gleisi Hoffmann para falar a prefeitos da região metropolitana sobre o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Requião era simples convidado, mas usou da palavra para fazer discurso sobre tema diferente – este que mais tem ocupado sua mente nos últimos dias.

Desenvolveu o raciocínio de sempre: o Tesouro gasta muito dinheiro com os procuradores e promotores, cuja aposentadoria é superior a R$ 17 mil, contra as pensões de R$ 1,7 mil dos servidores do Executivo. Repetiu que o MP extrapola nas despesas e que esses recursos poderiam ser aplicados na segurança pública. E reclamou que o órgão não levou adiante as denúncias contra o governo Lerner, mas quer que ele demita os seus irmãos da Secretaria da Educação e da administração do Porto de Paranaguá. Já sobre a política de segurança do estado, nada.

Constrangido, o ministro Tarso Genro ignorou a peroração de Requião e falou só sobre o tema do evento: segurança pública e social, defendendo um novo modelo de parceria entre os poderes federal, estaduais e municipais. E anunciou investimentos de R$ 6,7 bilhões no setor.

Olho vivo

Prejuízo 1 – O líder da oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni, mantém suas ressalvas ao projeto de dragagem do Porto de Paranaguá. Está estudando um longo documento técnico que lhe chegou às mãos, segundo o qual as soluções apresentadas agora seriam insuficientes para permitir aproveitamento máximo dos grandes cargueiros que atracam em Paranaguá. Rossoni diz que aproveitou o fim de semana para verificar a consistência das informações que recebeu antes de se pronunciar sobre elas.

Prejuízo 2 – De uma coisa, porém, ele tem certeza: a falta de dragagem no porto ao longo de quase cinco anos já custou aos produtores enorme prejuízo. O deputado diz que existe uma fórmula para calcular o preço da incompetência. Citou o caso dos navios Panamax, cuja capacidade é de 60 mil toneladas, mas que só podem carregar 50 mil toneladas porque o calado é insuficiente. As 10 mil toneladas que faltam, no entanto, são pagas da mesma forma e custam ao produtor o equivalente a R$ 1,70 a saca. Uma conta de multiplicação faz chegar ao resultado do prejuízo: R$ 141,7 milhões.

Filiações 1 – Palestra do seu presidente estadual, senador Osmar Dias, vai marcar amanhã à noite, em Curitiba, a filiação de dezenas de novos membros ao PDT. Em sua maioria, os neopedetistas – profissionais de diversas áreas, poucos com militância partidária anterior – terão suas fichas abonadas pelo deputado Luiz Carlos Martins, pelo professor Wilson Picler e pelo vereador Jorge Bernardi.

Filiações 2 – Não se trata de um acontecimento isolado. Além de Curitiba, o PDT reforça seus quadros nos 399 municípios do estado e pretende apresentar chapas completas de candidatos a vereador em todos eles e a prefeito na maioria. Ninguém do partido nega: todo esse esforço é para preparar a legenda para a campanha de governador em 2010.

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