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O secretário dos Trans­­­portes, Mario Stamm Jr., acaba de voltar de Washington. Foi iniciar negociações com o BID e o Banco Mundial para investimentos em transportes no Paraná. Uma das prioridades apresentada foi a implantação de um complexo de rodovias no litoral do estado e que pode viabilizar a construção do porto do Mercosul, um empreendimento privado na Ponta do Poço, em Pontal do Paraná.

Durante os quase oito anos da gestão de Requião, o empresário João Carlos Ribeiro não conseguiu colocar o projeto do novo porto, com capacidade para atracação de grandes cargueiros transoceânicos que Paranaguá, por seu baixo calado, não consegue receber. Tem quase tudo pronto – desde os projetos de engenharia e sócios internacionais. Mas para se tornar viável faltava sempre o principal: uma boa estrada de acesso.

Requião não só se recusava a fazer a estrada, como tentou desapropriar a área de Ribeiro para que o próprio governo estadual fizesse o porto. Dizia que com R$ 400 milhões do caixa da Appa poderia dar ao Paraná um novo porto público, sem a participação privada. Ficou na tentativa.

O governo mudou e Pessuti decidiu apostar no acesso ao futuro porto, interligando-o a um complexo de rodovias litorâneas no qual se inclui a ponte sobre a Baía de Guaratuba. As novas rodovias se integrariam às BRs 116 e 101, desafogando as congestionadas BRs 277 e 376.

É este complexo que foi proposto por Stamm aos bancos. O secretário retornou no fim de semana e vai apresentar relatório a Pessuti amanhã. Que, por sua vez, vai passar a bola para o governador eleito, Beto Richa, a quem caberá, de fato – se achar conveniente – executar o projeto.

Olho vivo

Araucárias 1

Com a reforma do Palácio Iguaçu já quase concluída e com a previsão de que será ocupado pelo novo governador já a partir do dia da posse, em 1.º de janeiro, pergunta-se: o que será feito do Palácio das Araucárias, sede provisória do governo nos últimos quatro anos? A resposta já teria sido encontrada pelo próprio governador eleito, Beto Richa: vai destinar o prédio para o Tribunal de Justiça. Conversações neste sentido já estariam sendo mantidas entre as partes interessadas.

Araucárias 2

Recordando: o Palácio das Araucárias, originalmente, deveria sediar o fórum de Curitiba. Sua construção, inicialmente prevista em 10 andares, foi iniciada na década de 80, durante o governo José Richa. Com problemas estruturais, a obra foi abandonada pelos governos seguintes até que, na gestão passada, Requião decidiu retomá-la para fazer do prédio a sede provisória do governo durante o período de reforma do Iguaçu. O "esqueleto" do Araucárias foi podado em quatro andares e sua construção concluída e inaugurada em janeiro de 2007.

Araucárias 3

A transferência do edifício para o Judiciário é considerada uma solução paliativa para seus graves problemas de espaço físico, pois o Tribunal de Justiça ainda acalenta o sonho de ver implantado do Centro Judiciário projetado para ocupar o lugar da desativada Prisão Provisória do Ahú, além de terrenos contíguos que o INSS, suposto dono, vendeu ao estado. Sobre estes, no entanto, pendem sérios problemas documentais: são ocupados por particulares que alegam possuir documentos (alguns centenários) de propriedade de inúmeros lotes. Herdeiros de Caetano Munhoz da Rocha, ex-presidente da província do Paraná, figuram entre os que dizem provar ser donos de alguns deles.

Insistência 1

A empresa Cavo, subsidiária da construtora Camargo Correa, insiste em se manter como uma das participantes da administração do lixo de Curitiba e de cidades vizinhas. Administradora do aterro do Caximba (que será encerrado dia 1.º de novembro), ela mantém contrato para prestar o serviço desde 2005, mas vê-se agora ameaçada de perder o filão (R$ 100 milhões por ano) porque não conseguiu concluir a tempo o aterro sanitário próprio, em Mandirituba, que a habilitaria a dividir desde já as 2,5 mil toneladas de dejetos que, provavelmente, serão destinadas à concorrente Estre, com aterro pronto e licenciado em Fazenda Rio Grande.

Insistência 2

Graças a uma liminar da Justiça, a Cavo conseguiu, na semana passada, se inscrever a título precário no processo de credenciamento aberto pela prefeitura para contratar novas empresas de aterro. Pelo edital, não há limite no número de participantes que poderiam ser contratados. Sob esse argumento, a Cavo decidiu apressar as obras de Mandirituba e obter a licença ambiental de operação na esperança de que ainda possa ser contratada dentro de meses.

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