Segunda-feira que vem, dia 25, o governador Roberto Requião substituirá a camiseta vermelha ou a camisa jeans por terno e gravata – traje que raramente usa, mesmo em cerimônias especiais, em cumprimento à liturgia do cargo.

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Será uma data muito especial para ele e, por extensão, de orgulho para os paranaenses: ele vai receber o título de Cidadão Honorário de Santa Catarina, em solenidade na Assembléia Legislativa do vizinho estado.

A honraria foi proposta pelo deputado César Souza Júnior, que nem do partido do homenageado é. Ele está filiado ao DEM, ex-PFL, que no Paraná é adversário do governador.

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Na justificativa para propor a concessão do título, o parlamentar diz que "Sua [de Requião] inegável e comprovada contribuição revela o respeito e admiração do Estado vizinho à nossa sociedade".

Os paranaenses não têm dúvida com relação à justiça da homenagem. De fato, nunca Santa Catarina progrediu tanto em razão das ações de um governador paranaense.

Os portos catarinenses, por exemplo, devem principalmente a Requião o progresso que estão experimentando nos últimos anos. Com as dificuldades impostas ao Porto de Paranaguá, importadores e exportadores estão preferindo os de lá.

Tanto é verdade que Santa Catarina lidera os investimentos públicos e privados. Eles chegam a R$ 1,4 bilhão na construção de dois novos complexos portuários, vários terminais, compra de equipamentos e modernização das instalações já existentes. E a Antaq está analisando novos empreendimentos.

No Paraná, o único investimento federal previsto para Paranaguá, no valor de R$ 180 milhões, foi recusado por Requião em 2003. E agora fala-se em aplicar R$ 90 milhões do caixa do próprio porto para algumas melhorias insuficientes. Nesse valor não está incluída a dragagem – que se não for feita agora vai causar a paralisação do terminal já no próximo ano, segundo assegura o almirante Gerson Ravagnelli, titular da Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil.

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Só o apoio aos portos catarinenses justifica o mérito de Requião para conquistar o almejado título.

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O ambiente está pesado

O ambiente está pesado na Secretaria Estadual do Meio Ambiente e no Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Tudo porque a chefe do escritório regional do IAP em Ponta Grossa, Elma Nery de Lima Romanó, pediu demissão do cargo na semana passada – não sem antes escrever uma longa carta ao governador reafirmando denúncias de corrupção que já havia comunicado antes a Requião.

Diz ela na carta: "A corrupção é como um câncer que emite um monte de metástases: enquanto estamos controlando um foco, estoura outro de maneira violenta. As pessoas nas quais confiei se encarregaram de destruir meus sonhos e ideais e a gente passa a ter vergonha de ser honesto, de tentar combater a mais violenta e destruidora praga, que é a corrupção".

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O sofrimento de Elma começou quando, ao assumir a direção do escritório regional, determinou o afastamento de sete funcionários sob suspeita de emissão de laudos falsos e conluio com gente disposta a burlar a legislação ambiental. Daí para a frente, sem apoio de seus superiores, passou a receber ameaças, a ponto de se ver obrigada a usar colete à prova de bala.

Diz ela ainda na carta ao governador: "as denúncias que fiz voltaram-se contra mim e hoje respondo a processo de danos morais por ter denunciado".

Observação: suas denúncias nunca foram apuradas.

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Olho vivo

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Herança bendita – Nem toda obra deixada por Jaime Lerner é repudiada pelos militantes peemedebistas que, de modo geral, só enxergam a herança maldita. Os partidários que não querem que se mexa na Pracinha do Batel, por exemplo, são a favor da manutenção das feiras noturna e gastronômica da Rua Carneiro Lobo – criadas por Lerner quando era prefeito no início dos anos 90. As feiras também estão ameaçadas de sair do lugar em razão do projeto de abertura da praça.

Na Turquia 1 – O ex-procurador geral do Estado Sérgio Botto está na Turquia, mas ao contrário do que dizem os muitos adversários que conquistou por aqui, ele avisa que comprou também a passagem de volta. Botto participa em Istambul da 2.ª Conferência sobre Democracia e Segurança Global.

Na Turquia 2 – Junto com o ex-procurador está o delegado de Armas e Munições de Curitiba, Luiz Fernando Artigas. São os únicos brasileiros presentes ao evento, convidados por instituições dos governos turco, espanhol e americano. Participam representantes de 86 países.

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"Estou muito triste e arrasada."

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Da ministra do Turismo, Marta Suplicy, acabrunhada com a repercussão negativa do conselho que deu aos passageiros vítimas do caos aéreo. "Relaxa e goza", disse ela, retornando à atividade de sexóloga que exercia antes de entrar na política.

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Celso Nascimentocelso@gazetadopovo.com.br