• Carregando...
 |
| Foto:

Tudo como dantes no quartel de Abrantes: muita conversa e nenhuma decisão ontem. Beto Ri­­cha conversou com Osmar Dias. Osmar conversou com o chefe de Beto, o presidente nacional tucano Sérgio Guerra. E conversou também com a presidenciável petista Dilma Rousseff na presença do ministro Carlos Lupi, presidente do PDT. Depois de toda essa maratona, os resultados descritos pelo senador Osmar Dias numa entrevista à rádio BandaB, ontem, no finalzinho da tarde, na sala de embarque do Aeroporto de Brasília, foram os seguintes:

• A conversa com Beto foi a repetição de rotineira cortesia que o prefeito faz em seu gabinete no Senado toda vez que vai a Brasília.

• Com Sérgio Guerra, o diálogo resumiu-se ao exame do quadro político no Paraná e sobre a posição de seus partidos na disputa eleitoral.

• Com Dilma Rousseff, Lupi e Osmar repetiram o desejo de uma aliança com o PT desde que este partido se comprometa, no plano nacional, com pontos essenciais do programa do PDT: escola integral, defesa da empresa pública e repartição igualitária dos futuros recursos do pré-sal. E, no plano regional, com o projeto de governo que os pedetistas debateram em todo o estado.

"Um passo de cada vez", explicou o senador. "Se dermos dois passos ao mesmo tempo, corremos o risco de tropeçar". Foi assim que explicou a ausência de qualquer avanço concreto na montagem de alianças, seja com o PT ou com quaisquer outros partidos.

Da entrevista, só soou claro da boca de Osmar o seguinte: não baterá chapa com o irmão Alvaro. Afirmação da qual se extraem duas ilações impertinentes:

a) Osmar já tem certeza de que Alvaro não será o candidato a governador do PSDB?

b) se Alvaro for o candidato do PSDB, ele, Osmar, sai para disputar a reeleição para o Senado?

• • •

Por falar na disputa pelo Senado, um político do PSDB ousou ontem externar opiniões a respeito da postura do PT paranaense de não concordar com o pedido do PDT para que Gleisi Hoffmann seja candidata a vice de Osmar e não ao Senado. A análise é fria: ao candidatar-se ao governo, Osmar "deu de graça" sua vaga para o PT, partido que, nessas condições, não teria nenhuma chance de fazer um senador. Logo, é melhor o PT corresponder, ajudando Osmar tanto quanto Osmar pode ajudar Dilma Rousseff.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]