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Hoje é o dia marcado por Osmar Dias para anunciar o papel que terá nas eleições deste ano. Não é mais: ficou para amanhã, sexta-feira, após o almoço reservado que terá com a presidente Dilma Rousseff – certamente disposta a convencê-lo a participar da chapa de Gleisi Hoffmann.

Presidente estadual licenciado do PDT e vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar é insistentemente lembrado para entrar na disputa. O PT o quer como candidato ao Senado – como ainda sugeriu na semana passada, em São José dos Pinhais, o ex-presidente Lula. Mas o próprio Lula foi o primeiro a compreender a dificuldade de consciência que Osmar enfrentaria se tivesse de se defrontar, em disputa direta, com o irmão tucano Alvaro Dias, que concorrerá à mesma (e única) vaga na chapa de Beto Richa. Logo, a hipótese de candidatar-se a senador já estaria descartada.

Então, o que sobra? Osmar vê um campo aberto à sua frente, embora não queira antecipar qualquer decisão antes de conversar com Dilma. Disse à coluna, porém, que não se sente obrigado a aceitar automaticamente o que ela lhe pedir.

Candidato a governador em 2006 e 2010, fez na primeira eleição 49,9% dos votos, perdendo para Requião por uma diferença de 10 mil votos num universo de quase sete milhões de eleitores. Na segunda, foi suplantado no segundo turno por Beto Richa, mas somou mais de 45% dos votos.

Poderia ser candidato a vice-governador? Para quem já foi "quase" governador, ser vice não parece ser uma posição honrosa, apesar de insistentemente aclamado pela militância petista como candidato forte e natural para selar a aliança. Apesar dos pesares, a hipótese não é dada ainda como descartada. Há mais alternativas: candidatar-se a deputado federal e puxar votos para eleger uma boa bancada de deputados do PDT. E, por último, apenas cumprir o papel de apoiar a reeleição de Dilma e a eleição de Gleisi, mas distante das urnas.

Qualquer das hipóteses só será sacramentada amanhã.

Olho vivo

Em paz

O novo procurador-geral do Estado, Ubirajara Gasparin, age para restabelecer "a paz e a harmonia" dentro da PGE e busca aplacar interpretações sobre uma nota publicada nesta coluna, segundo as quais ele estaria disposto a promover uma caça às bruxas. A coluna esclarece que as interpretações alheias estão equivocadas: não são de autoria de Gasparin quaisquer declarações, sequer semelhantes, de crítica aos antecessores. Foi de responsabilidade da coluna a manifestação de que, com Gasparin à frente da PGE, a instituição poderá resgatar a respeitabilidade perdida nos últimos anos.

Substituição 1

Um dos últimos atos da ex-secretária Jozélia Nogueira à frente da Fazenda estadual foi a tentativa de estender o sistema de "substituição tributária" para inúmeros produtos, incluindo alimentos. Setores empresariais entraram em posição de combate, entendendo que a medida (1) viria para aumentar a carga tributária e (2) invibializaria as micro e pequenas empresas. Pelo sistema, os impostos (cheios) são recolhidos diretamente pelos fabricantes dos produtos, retirando das empresas enquadradas no Simples a possibilidade de usufruir do incentivo de pagar impostos reduzidos.

Substituição 2

O assunto chegou à presidente da República na última terça-feira, levado pela senadora Gleisi Hoffmann, no avião, a caminho de Foz do Iguaçu. Chegando a Foz, foi a vez de o presidente da Federação do Comércio do Paraná, Darci Piana, abordar Dilma com o mesmo tema – e dela ouviu a promessa de que pretende acelerar a votação do projeto de lei complementar que, entre outras providências, exclui do regime de substituição tributária as micro e pequenas empresas beneficiadas com o Simples.

Tratoraço 1

Como se o mundo fosse acabar amanhã, o governo colocou em funcionamento, ontem, seu rolo compressor para aprovar a toque de caixa, na Assembleia, o projeto que autoriza a Sanepar a aumentar seu capital. O projeto passou com 31 votos contra 15. O governador Beto Richa não queria correr o risco de conseguir menos que os 28 votos necessários.

Tratoraço 2

Tanto que, sem ao menos um respeitoso e antecipado aviso, tirou da Assembleia suplentes Luiz Carlos Martins (PSD), que dias antes anunciara que votaria contra, e Gilberto Martin (PMDB), que, provavelmente, também seria contra. Para o lugar deles, chamou os titulares Luiz Cláudio Romanelli e Luiz Eduardo Cheida, que ocupavam secretarias de estado. Romanelli, candidato à reeleição e obrigado a deixar o cargo em abril, já avisou que não volta para a Secretaria do Trabalho.

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