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Olho vivo

Xoque 1

O prefeito Gustavo Fruet está insatisfeito com alguns membros da equipe – e disse isso claramente durante reunião fechada com o secretariado na antevéspera da Páscoa. Pelo menos cinco membros do alto escalão estarão com seus pescoços a prêmio caso até julho não apresentem os resultados que Fruet espera deles. O problema não é quanto à filosofia de governo, mas quanto à morosidade na ação dos envolvidos para enfrentar os problemas da cidade.

Xoque 2

O recado do prefeito foi entendido imediatamente pelos alvos das reprimendas, que na mesma tarde já se movimentavam pressurosamente em busca de soluções práticas para agilizar seus setores. Na visão do prefeito, não estariam correspondendo às expectativas os secretários do Meio Ambiente, Defesa Social, Educação e Ippuc. O prefeito quer um choque de gestão nessas áreas – expressão que num palácio vizinho é grafada como xoque de jestão.

Bom negócio 1

Depois de tomar conta do setor em alguns estados do Nordeste, a empresa Fiducia, com sede em Brasília, trabalha agora para ganhar a licitação que será aberta pelo Detran do Paraná visando a implantar um sistema de registro eletrônico de contratos de financiamento de veículos – a tal da alienação fiduciária. Nos estados onde atua como contratada pelos Detrans locais, esses registros chegam a custar R$ 400,00, pagos pelos donos dos carros.

Bom negócio 2

O Paraná é o terceiro entre os estados que mais financiamentos geram: são 46 mil por mês, número só inferior aos de São Paulo e Minas. O edital ainda não foi lançado, mas a previsão é de que quem vencer a licitação será contratado por 15 anos, renováveis por mais 15. A previsão de faturamento chega à casa de bilhões.

Xadrez 1

O PMDB discute a formação de uma cédula única para convenção de junho. Os 600 eleitores do partido poderão marcar o quadradinho que corresponda à sua vontade: 1) candidatura própria; 2) apoio a Beto Richa; e 3) aliança com o PT. Há sub-opções em relação ao primeiro quesito: Requião ou Pessuti?

Xadrez 2

Pessuti já tem discurso para conquistar eleitores em defesa da primeira opção e de seu nome: ele diz que o PMDB tem obrigação de ter candidato próprio e se for ele o escolhido, vai propor que a gestão seja marcada pelo resgate do planejamento e pela maximização de investimentos em infraestrutura. De volta de viagem ao Vaticano e ao santuário de Lourdes, o ex-governador vai se dedicar a partir desta semana ao xadrez político e à pregação de suas teses.

A Polícia Militar do Paraná se rendeu: chegou à conclusão de que não dispõe de quadros para gerir o hospital próprio e está disposta a terceirizar a gestão para empresas privadas especializadas no ramo. Antes, quer sanear as finanças do Hospital da PM que, por falta de repasses que o governo do estado deixou de fazer desde agosto do ano passado, acumula mais de R$ 10 milhões em dívidas na praça.

O comando da PM e a Associação dos PMs (Amai) vêm mantendo entendimentos neste sentido com o governador Beto Richa e a secretária da Administração, Dinorah Nogara. Pelo andar da carruagem – que sexta-feira avançou uma boa distância – a tendência é de o governo abrir licitação para contratar instituição disposta a assumir a gerência do HPM.

Mas mesmo antes deste procedimento, a Cruz Vermelha já teria manifestado interesse – provavelmente em parceria com o curso de medicina da Universidade Positivo. Além de ampliar a residência médica (objetivo principal da Positivo), o HPM oferece condições também para a ampliação dos negócios da Cruz Vermelha, embora seja instituição de natureza filantrópica. Desde o ano passado, quando passou a manter convênio com o Serviço de Assistência ao Servidor (SAS), multiplicaram-se clínicas privadas dentro e ao redor do velho hospital da Vicente Machado. O Ministério Público investiga se há irregularidades.

Mas há outras instituições do ramo dispostas a entrar na concorrência quando ela for lançada. Para o coronel Elizeu Furquim, presidente da Amai, lutador incansável pela sobrevivência do HPM, isso é um bom sinal. "Agora temos uma luz no fim do túnel", disse, acrescentando ser "uma pena que o hospital, com instalações excelentes, não preste serviços para a comunidade em geral".

Furquim citou os 17 leitos de UTI e o moderno laboratório de análises clínicas do HPM que vivem ociosos. "São bens construídos com recursos dos policiais militares, mas que podem servir também aos demais servidores públicos e à população carente de atendimento à saúde", frisou.

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