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Celso Nascimento

O Senado preocupando Beto e Osmar

Beto Richa agora "está por cima da carne seca", como diz a plebe rude. Dando continuidade à campanha iniciada ainda quando exercia o cargo de prefeito de Curitiba, multiplica-se em visitas ao interior, faz contatos com "as bases" e, nos bastidores, negocia adesões. Mantém a prêmio a cabeça do deputado Gustavo Fruet, que há meses anunciou sua decisão de candidatar-se a senador pelo PSDB.Não se viu palavra firme de Richa em apoio à pretensão do parlamentar, o mais votado do Paraná nas últimas eleições para a Câmara Federal, com mais de 210 mil votos. Abrir-lhe a vaga em sua chapa significa fechá-la para outros pretendentes à cadeira no Senado. Por exemplo: o preço para trazer o PP para a sua aliança é dar a vaga de candidato ao presidente estadual desse partido, deputado Ricardo Barros. E lá vai a cabeça de Fruet na bandeja.

Pior ainda que esta "solução" é outra tentação que os conselheiros do ex-prefeito lhe apresentam insistentemente: seria melhor para o PSDB não lançar nenhum candidato a senador. Com isso, deixando caminho aberto para Requião concorrer leve, livre e solto, seria possível obter o apoio, ainda que informal, do poderoso e bem organizado PMDB.

Richa tem tempo para resolver esse problema. Conta com as dificuldades que, do outro lado, vem enfrentando seu principal adversário, o senador Osmar Dias, que precisa reiniciar a rearrumação da própria casa desde que foram rompidas as negociações de montar sua chapa em aliança com o PT. Aliás, o impasse que levou ao rompimento foi exatamente a candidatura ao Senado.

Osmar também queria que a petista Gleisi Hoffmann fosse sua vice para deixar livre uma vaga de candidato ao Senado. Com a qual também negociaria a adesão do PP pagando o mesmo preço – isto é, adotando o deputado Ricardo Barros como seu candidato preferencial a senador.

Muito embora em nível estadual considerem-se esgotadas as possibilidades de retomar as conversas com o PT, Osmar Dias mantém a disposição de falar com o próprio presidente Lula. "Foi com Lula e a convite dele que comecei a tratar da aliança com o PT e será com o presidente que eu terminarei", afirma. Se não for possível fazer o casamento, no mínimo para ouvir uma resposta oficial e definitiva de que o noivado de um ano foi mesmo desfeito.

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