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Celso Nascimento

PMs só com diploma

Como, em razão da rígida disciplina a que estão sujeitos, os policiais militares da ativa não podem criticar seus superiores, os inativos exercem essa missão sem medo de punição. É o que fez, ontem, a Associação de Defesa dos Policiais Militares (Amai) ao anunciar que pretende ingressar com ação judicial para obrigar o governo estadual a cumprir a Constituição – algo a que estaria se recusando ao não obedecer a Emenda 29, que exige curso superior para quem quiser ingressar na Polícia Militar.

Segundo o presidente da Amai, coronel Elizeu Furquim, o Projeto Paraná Seguro, lançado há duas semanas pelo governador Beto Richa, prevê a admissão dos recrutas aprovados no concurso realizado em 2009 – ano em que ainda se exigia apenas o curso médio para admissão na corporação. No entendimento da Amai, esse fato configura desrespeito à lei, em vigor desde o fim de abril passado.

Furquim lembra que todas a vagas (1.100) para as quais se abriu o concurso de 2009 já foram preenchidas. Apesar disso, a validade do concurso foi prorrogada por mais um ano por meio de um decreto baixado em junho passado. "Não é possível prorrogar um concurso que não possui vagas disponíveis", argumenta o presidente da Amai. "Para abrir novas vagas é necessário um novo concurso, obedecendo a regulamentação constitucional vigente. A prorrogação é ilegal, assim como a contratação de recrutas de nível médio", acentua.

O secretário da Segurança, Reinaldo de Almeida Cesar, contra-argumenta: "Um novo concurso atrasaria ainda mais o projeto do governo de aumentar o contingente da PM".

Dilemas

O eleitorado de Gustavo Fruet continuaria disposto a votar nele para prefeito mesmo que ele se filie ao PT, partido do qual sempre foi adversário. É o que diz uma pesquisa que o ex-deputado manuseou no fim de semana. Seguramente, não é esta a opção partidária que o ex-deputado vai adotar. Ele ainda pende entre o PDT e o Partido Verde – duas das siglas que insistem em tê-lo como candidato a prefeito de Curitiba.

Contra a alternativa Verde está o fato de que a legenda dispõe de apenas 54 segundos no programa eleitoral de televisão – menos da metade do que lhe garantiria o PDT. O tempo, no entanto, deixou de ser o principal fator de escolha: Gustavo está concentrado agora em escolher o partido que lhe dê maior liberdade de ação e que exija dele menos explicações à opinião pública.

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