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Celso Nascimento

“Sou candidato”, diz Alvaro

A aparente definição do quadro sucessório paranaense, com três candidatos já praticamente escolhidos – Beto Richa, Osmar Dias e Orlando Pessuti –, levou o senador Alvaro Dias a lembrar que continua firme no páreo. Para ele, o PSDB ainda não se fixou no nome do prefeito de Curitiba e não o fará enquanto não tiver comprovação de que ele de fato detém as melhores condições para ser o candidato de sua preferência.

Tal comprovação, segundo Alvaro, se dará por meio de uma pesquisa de opinião, conforme compromisso firmado pelo presidente nacional tucano, o senador Sérgio Guerra, com o conhecimento e concordância dos dois pretendentes à vaga de candidato. Tal pesquisa, final e definitiva, só será realizada no momento em que, por questões estratégicas, o partido achar mais conveniente.

Embora não declare, o senador fia-se nas duas pesquisas já patrocinadas pelo PSDB em julho e agosto últimos – nas quais aparece à frente de Osmar Dias, em segundo lugar, e Beto Richa, em terceiro. Assim, enquanto as sondagens de opinião não inverterem a ordem dentre os dois tucanos, Alvaro avisa que pretende manter-se na disputa pela preferência dos convencionais que, no ano que vem, vão sacramentar o nome do PSDB.

Alvaro mais não disse sobre o desenrolar dos últimos acontecimentos – isto é, sobre o autolançamento de Beto Richa e sobre a adesão do irmão Osmar ao apelo do presidente Lula e do PT para ser o companheiro de chapa da presidenciá­­vel Dilma Rousseff. Entre­­tanto, não é difícil perceber que, além de sua esperança de fazer boa figura na pesquisa decisiva, ainda leva em conta que as luzes da inteligência venham a iluminar as mentes do alto tucanato e as levem a perceber ser ele a melhor opção.

Com Alvaro candidato, por causa de um acordo entre os irmãos e caso também se encontrasse em posição inferior na pesquisa, Osmar retiraria sua candidatura. Dessa forma, o PT e Dilma ficariam sem o almejado palanque forte no Paraná. Mais: boa parcela do PMDB (com ou sem Requião) marcharia com ele, Alvaro – assim ungido quase como candidato único e invencível. Essa definição representaria soma de votos calculada em cerca de 1,5 milhão em favor do presidenciável José Serra. É o tanto que fatalmente migrará para Dilma se confirmada a dobradinha com Osmar.

Se, no plano ideal, seria este o quadro preferível para Serra e para as pretensões de Alvaro Dias, no plano real as coisas se arrumaram de modo diferente. O PT foi rápido e eficiente em perceber a gana com que Beto Richa se fez candidato e aproveitou a chance para cooptar Osmar Dias.

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