• Carregando...
 |
| Foto:

A corrida eleitoral começa acelerada em 2010, em ritmo de contagem regressiva. Ao contrário de disputas anteriores, quando as alianças foram proteladas ao máximo, desta vez a agilidade será decisiva. No Paraná, o quadro estará praticamente definido até março, a longos sete meses das eleições.

Na verdade, as pesquisas divulgadas nas últimas duas semanas podem ter selado as perspectivas dos pré-candidatos a governador e ao Senado. Para os especialistas, não haverá mudanças no humor do eleitorado até o carnaval. Ou seja, os números estão consolidados.

O problema é que os dados estão truncados. Os três principais postulantes ao Palácio Iguaçu aparecem embolados, com leve vantagem para os nomes do PSDB. Segundo levantamento do Paraná Pesquisas feito com exclusividade para a Gazeta do Povo, o prefeito Beto Richa e o senador Alvaro Dias têm os mesmos cinco pontos porcentuais de vantagem sobre o segundo colocado Osmar Dias (PDT). Na ponta do lápis, há um empate técnico, que se repete no confronto direto entre os tucanos.

Com esse panorama, os critérios de desempate terão de ser subjetivos. A começar pela disputa interna do PSDB. Beto pode ser o candidato ideal para uma campanha pautada no conceito de renovação, mas Alvaro teria mais condições de neutralizar Osmar.

E é justamente a relação entre os dois irmãos que torna a disputa tão subjetiva. Ambos garantem que não vão competir entre si por razões óbvias. Ninguém sabe quais seriam os efeitos de uma eleição "fratricida" – a certeza é que o derrotado praticamente enterraria a carreira política.

Aparece então uma única hipótese de disputa competitiva: Beto versus Osmar. Nas outras duas, Alvaro ou Osmar participariam do pleito praticamente sozinhos, apenas com uma sombra distante do vice-governador Orlando Pessuti (PMDB). Os três cenários serão influenciados diretamente pelos interesses dos dois principais presidenciáveis, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

A ministra só pode contar com Osmar e terá de investir nisso se não quiser começar a campanha no Paraná com uma desvantagem de 30 pontos porcentuais para o rival. Já Serra tem um leque de opções. As melhores são as menos conflituosas e que reduzem os espaços de crescimento de Dilma.

O menor caminho para o paulista conseguir mais votos no Paraná é cooptar Osmar. Ou seja, bancar Alvaro em vez de Beto ou convencer o PSDB a abrir mão da candidatura própria para apoiar o pedetista. Se colocar em prática qualquer uma das duas alternativas, ele consegue pelo menos 1,5 milhão de votos a mais, que ajudariam a reduzir o impacto da provável vitória de Dilma nos estados do Nordeste.

A partir dessa perspectiva, fica fácil apontar quem será o "cara" na formação das alianças paranaenses. O apoio de Serra é, por enquanto, a chave para superar os adversários. Quem conseguir o aval do governador vizinho antes abrirá as portas para um 2010 promissor.

A largada já está dada e a prova é de velocidade.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]