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Nos corredores

Convenção adiantada

Presidente do PMDB do Paraná, o deputado federal Osmar Serraglio tem recebido pedidos para adiantar a convenção estadual do partido, marcada para o dia 20 de junho. A ideia é remarcar para o dia 15. Serraglio deve tratar do assunto com a executiva paranaense nesta semana.

Tempo ao tempo

Pré-candidata ao governo do estado, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) diz que as negociações em torno da coligação para o governo do estado só vão esquentar para valer depois da decisão do PMDB. Os petistas seguem em busca de aliados, com vagas abertas para a vice e o Senado.

Terceira via

Nomes de fora da polarização entre PT e PSDB também se articulam à espera da movimentação peemedebista. De olho na terceira via, o deputado federal Rubens Bueno (PPS) tem conversado com PV, PSD e PTB. Segundo ele, não se sabe se é melhor concentrar esforços em uma ou mais candidaturas.

Sabe aquelas comédias da Sessão da Tarde com títulos mal traduzidos? Pois é, o PMDB do Paraná está prestes a protagonizar um desses filmes na eleição para governador. Uma campanha muito louca.

Em qualquer caminho que siga, o partido terá de se virar com a própria incoerência. Se lançar candidato próprio, seja Roberto Requião ou Orlando Pessuti, vai precisar contar para o eleitor como dois ex-governadores que brigaram na Justiça pela pensão de R$ 26.589,68 mensais agora querem voltar à ativa. Caso apoie Beto Richa (PSDB), estará na corda-bamba entre uma aliança local com os tucanos e outra nacional com os petistas.

A questão dos candidatos-pensionistas não é fácil de ser digerida pelo eleitor. Até porque é ele quem paga a conta. E sabe bem que precisa contribuir por 35 anos para ganhar um máximo R$ 4.390,24 pelo INSS.

Pessuti foi governador por nove meses para ter direito à bolada. Requião ficou dez anos e três meses no cargo ao longo dos três mandatos que exerceu. E ainda dobra os proventos com o salário de senador.

Claro que não são apenas os dois que se beneficiam das regras, que valem até para as viúvas de ex-governadores, como a mãe de Beto Richa. A questão é a seguinte: se o sujeito luta tanto para ganhar pensão, não quer dizer que ele deseja ser sustentado pelo contribuinte justamente para se manter fora da disputa eleitoral?

Em depoimento publicado em seu site há dois anos, Requião explica que usa o que chama de "a tal pensão" para pagar as multas judiciais a que tem sido submetido por ter denunciado desvios de dinheiro público quando era governador. "É uma espécie de legítima defesa do patrimônio de minha família", conta. Trocando em miúdos, defende o uso de recursos do caixa estadual para que ele não tenha de perder os seus bens privados.

Na outra trilha, se embarcar na canoa tucana, o PMDB vai abraçar uma candidatura pautada por ataques ao governo federal. Richa já deixou mais do que claro que um dos motes da campanha será a suposta discriminação que sofreu da gestão Dilma Rousseff ao longo dos últimos três anos e meio. Mas a administração federal não é só petista, é fruto de uma coligação direta com os peemedebistas.

Ou seja, se o PT persegue o Paraná, o PMDB faz a mesma coisa. Difícil dissociar uma coisa da outra. Mas os peemedebistas já se ensaiam para um palanque duplo.

Na última segunda-feira, o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) fez um discurso antológico no plenário da Assembleia Legislativa. Ao mesmo tempo em que defendeu a geração de empregos ao longo do governo Richa, desancou o presidenciável tucano Aécio Neves. "Me assustei quando vi um dos principais candidatos à Presidência da República, o senador Aécio Neves, dizer em alto e bom som que teria de adotar medidas impopulares. Sabemos o que são medidas impopulares: é recessão, é arrocho salarial, é desemprego para os trabalhadores", disse Romanelli.

Na mesma fala, defendeu os preparativos para a Copa do Mundo em Curitiba planejados na gestão Requião e o viaduto estaiado idealizado pelo ex-prefeito Luciano Ducci, do PSB de Eduardo Campos. Sim, é uma enorme salada. Ou apenas uma entradinha para quem tem fome de poder.

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