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Requião não pode se juntar oficialmente ao PSDB ou ao PDT. Osmar Dias não pode se aliar nem ao PSDB, nem ao PFL. Ou pode?

Acontece que o TSE deu nova interpretação à lei da verticalização e acabou com a farra das alianças avulsas nos estados.

Vai ser assim: os partidos que se aliarem na disputa presidencial terão de repetir essa aliança nas eleições nos estados ou concorrer sozinhos aos governos estaduais.

O partido que não tiver candidato a presidente só poderá se associar, nos estados, com outro que também não tenha candidato ao Palácio do Planalto.

Essa nova interpretação do TSE força partidos como o PMDB a aderirem a coligações federais ou a lançar candidato próprio para não ficarem sozinhos nas disputas estaduais.

Nem por isso o PSDB nacional dispensou a conversa com o PMDB da terrinha. Ontem, em Brasília, o presidente Tasso Jereissati, acompanhado de Alvaro Dias, Geraldo Alckmin e do coordenador de campanha Sérgio Guerra, recebeu a expedição do PMDB: Rafael Iatauro, Reinhold Stephanes, Dobrandino Gustavo da Silva, Antônio Anibelli e Alexandre Curi.

Jereissati ouviu que a quase totalidade do PMDB do Paraná prefere Alckmin a Lula e está disposto a tudo, inclusive a brigar por uma aliança formal.

Alvaro Dias ainda ponderou sobre a candidatura do irmão, Osmar Dias, mas foi informado por Rafael Iatauro que Osmar estava ciente da reunião e de seus objetivos. Alvaro Dias afirmou então que não será obstáculo a qualquer entendimento com o PMDB de Requião.

Assim, o imbróglio fica cada vez mais difícil de desatar, principalmente no PMDB. O do Sul quer Alckmin, o do Nordeste quer Lula e o do Sudeste ainda sonha com candidatura própria. Vai rachar, profetizam os marqueteiros do Centro Cívico. Tudo indica que vai ficar solto e estimulando dobradas com todos, cada um a sua moda, em seu estado.

Gugu-dadá – Pura provocação. O comitê suprapartidário Lula e Requião enviou ontem ao deputado André Vargas uma caixa de chupetas com um bilhete: "Caso Vossa Excelência continue agindo com infantilidade no trato da aliança Lula e Requião, faça bom proveito destas chupetas".

Reabre vaga no TC – Se o PMDB não tiver aliados para o governo, o vice Orlando Pessuti voltará à condição de candidato à reeleição na chapa de Requião. Reabrirá a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas que pode sobrar para o segundo colocado na votação da Assembléia, o deputado Durval Amaral.

Candidato a estadual – Diante das circunstâncias, o presidente da Assembléia, Hermas Brandão, que estava cotado para a vice de Requião na aliança PMDB-PSDB, volta a disputar uma vaga de deputado estadual.

Alvoroço no PPS – O candidato do PPS, Rubens Bueno, volta a ter esperanças de conquistar o apoio de tucanos, pefelistas e assemelhados que integram a frente de apoio a candidatura de Alckmin.

Festa no PT – "Mais que nunca, a direção nacional do PT vai entender que é necessário ter candidato próprio a governador para garantir a campanha do presidente Lula", diz André Vargas.

O povo faz a chapa – Alexandre Curi acredita que a candidatura de Requião à reeleição não perderá com a nova interpretação da lei. É provável que o governador fique solto, assim como o seu partido, o PMDB. E que surjam comitês populares com dobradas tanto com Alckmin, quanto com Lula, diz ele.

Caiu do céu – "Eu achava que meu anjo da guarda estava dormindo. Mas vi que ele estava trabalhando", disse o líder do tucanato, Valdir Rossoni, que não escondia a satisfação com a decisão final do TSE de endurecer a verticalização nos estados.

Último suspiro – A candidatura de Anthony Garotinho estava praticamente morta, mas a liminar que garante uma convenção nacional do PMDB, somada à nova interpretação do TSE, acabou ressuscitando o político do Rio de Janeiro.

Municipalismo – O presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, defende uma aliança entre os empresários e os prefeitos para o fortalecimento do municipalismo. Em palestra na AMP, ele destacou que é nas cidades que o desenvolvimento acontece.

Idéias de Bertoldi – O livro de Osmar Bertoldi, "Idéias para uma Metrópole Sustentável", será lançado hoje nas Livrarias Curitiba, no shopping Barigüi. A obra trata de questões como lixo urbano, reciclagem, governos metropolitanos, florestas urbanas e trânsito.

Farpa – "O TSE acabou com a galinhagem", do deputado Élio Rusch, do PFL, sobre a nova interpretação da Lei de Verticalização que impede os partidos de fazer alianças heterodoxas.

Não ofende – Vai aumentar o adultério e a bigamia na política nativa depois do impedimento de alianças formais entre partidos solteiros e parceiros casados?

As boas – O Ipea, órgão do Ministério do Planejamento, aumentou a sua projeção para o PIB deste ano de 3,4% para 3,8%.

As más – A estimativa inicial dos prejuízos causados pela depredação em instalações da Câmara Federal é de R$ 150 mil.

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