| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo (2) mostra que, se depender de seus colegas, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ, foto), não deve ser afastado do cargo na Mesa Diretora da Casa, mesmo com as suspeitas de envolvimento no esquema investigado pela Operação Lava Jato. A reportagem ouviu 20 dos 22 líderes das maiores bancadas da Câmara e dez deles, que abrangem 294 deputados (57% do plenário), são contra o afastamento de Cunha, mesmo que ele seja denunciado e processado. Conforme o jornal, apenas o PSol e o PPS defendem o afastamento do presidente da Casa.

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agenda

Segunda-feira

A Câmara de Curitiba vota o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município que pretende tornar os programas de recuperação fiscal, como o Refic, mais atrativos.

Terça-feira

A Câmara dos Deputados analisa dois projeto de lei, referentes ao combate ao terrorismo, que trancam a pauta da Casa. Nesta semana, os deputados votam outros temas polêmicos, como a reforma política e a maioridade penal.

Terça-feira

O Senado instala comissão especial que analisará o projeto que trata da participação obrigatória da Petrobras no modelo de partilha de produção de petróleo na exploração da camada pré-sal.

Quinta-feira

Ocorre a acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa na CPI da Petrobras na Câmara. A defesa do doleiro pediu que a Justiça revogue a autorização de ida do delator a Brasília.

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Corporativismo Executivo

O levantamento feito pela Folha de S.Paulo mostra ainda que, para a maioria dos líderes partidários, não há motivo para que se dê prosseguimento ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), como Eduardo Cunha ameaça fazer desde que rompeu com a Presidência. Ao todo, 11 líderes de bancadas, que somam 298 deputados (58% do total), dizem ser contra a abertura do processo.

Da tevê para a política

Personalidades conhecidas da tevê chamaram a atenção nesta semana por envolvimento em outra área: a política. O jornalista José Luiz Datena (PP), âncora da Band, e o empresário João Doria Jr. (PSDB), apresentador da mesma emissora, se colocaram como candidatos à prefeitura de São Paulo. Outra figura constante na TV, o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) também já tem candidatura quase que garantida. Impulsionados pelo eleitorado conservador que está desiludido com a política, eles apostam na popularidade e na experiência televisiva.

Dialoga Brasil

O governo federal lançou na semana passada um canal que pretende estreitar a relação entre o Executivo e a população. Na plataforma Dialoga Brasil, o cidadão pode apresentar sugestões em diversas áreas (são 14 temas e 80 programas prioritários do governo federal), além de apoiar outras propostas já cadastradas. Há ainda um canal pelo qual ocorrem bate-papos com autoridades, como ministros. Em novembro, o governo federal deve começar a responder as três propostas mais apoiadas de cada programa. A página oficial é http://dialoga.gov.br/.

Ele é um cara de muita fibra, é contrário à delação. É uma coisa pessoal dele. É uma questão, para ele, até sociológica, que remonta às origens pernambucanas.

Michel Saliba, advogado do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), preso pela Operação Lava Jato, afirmando que seu cliente é contra a delação premiada por acreditar que pode ser absolvido ao fim do processo