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Se o movimento evangélico e LGBT defendem posições opostas sobre a permanência de Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos (CDH), essa divergência pode se transformar em apoio mútuo na defesa da moralidade pública. O primeiro passo para que isso ocorra foi dado anteontem por um grupo de evangélicos que lotou a sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e protestou pela saída de José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) daquele colegiado.

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A decisão do grupo evangélico é elogiável. Cunha e Genoino foram condenados no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do mensalão. Afinal, é bastante contraditório que os dois parlamentares estejam integrando a comissão mais importante da Câmara, cuja função é analisar a constitucionalidade dos projetos que tramitam na Casa. A contradição existente na CCJ podia animar também os ativistas do movimento LGBT a se envolver em um protesto mais amplo.

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Até porque, como Feliciano afirmou na semana passada que somente sai da CDH se Genoino e Cunha saírem da CCJ, a melhor estratégia para os ativistas LGBT é justamente forçar que os petistas condenados no mensalão deixem a CCJ.

Parceria pública

Merece elogio a iniciativa do governo do estado em apresentar ao Fórum Permanente de Desenvolvimento – que reúne entidades e dirigentes da sociedade paranaense – a lista de projetos prioritários para destravar os gargalos logísticos estaduais. Segundo matéria de Pedro Brodbeck publicada anteontem na Gazeta do Povo, o governo apresentou os projetos e trocou ideias sobre eles. Debates dessa natureza, que envolvam representantes de diversos segmentos da comunidade paranaense, são importantes para evitar equívocos, corrigir rumos e aperfeiçoar projetos de interesse do estado.

A luta pelo voto aberto no Congresso Nacional já estava até esquecida por causa das polêmicas cotidianas envolvendo o deputado Marco Feliciano (PSC), mas uma campanha realizada pelo Avaaz deve trazer o assunto novamente para a pauta da sociedade. Em abaixo-assinado online recentemente colocada no site dessa organização não-governamental, ativistas iniciaram uma campanha pelo fim do voto fechado no Congresso. Até o momento, mais de 305 mil internautas assinaram a petição.

Há quase três meses ocorreram os primeiros protestos contra a eleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado. Com Renan Calheiros eleito presidente, os ativistas digitais não demoraram 30 dias para conseguir que 1,6 milhão de pessoas assinasse um abaixo-assinado virtual pedindo a Renan que deixasse o cargo, já que contra ele tramita denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF). Dias depois de "entregarem" simbolicamente a petição com 1,6 milhão de assinaturas, os manifestantes passaram a enviar mensagens eletrônicas para as caixas de e-mail dos senadores. Mas eles não contavam com o "efeito Feliciano", o pastor e deputado que, sem querer querendo, monopolizou os holofotes da mídia.

É nesse contexto em que os ativistas contra a corrupção voltam à cena. A campanha do voto aberto no Congresso pode trazer novo fôlego para acabar com um problema que a sociedade vinha negligenciando. O projeto que acaba com o voto fechado já passou pelo Senado e está emperrado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

No texto da petição online do Avaaz, os ativistas defendem que a sociedade precisa de "políticos que prestem contas aos seus eleitores agora e pavimentem o caminho para uma reforma política ambiciosa e ampla para o Brasil. Renan Calheiros provavelmente não seria presidente do Senado se não fosse o voto secreto".

Eles têm razão. O voto aberto facilita o controle social dos mandatos. Pode ser determinante para evitar a eleição de novos Renan Calheiros no comando das Casas Legislativas. Pode ser determinante também para facilitar a cassação dos maus elementos políticos. Isso porque, como os eleitores vão conseguir identificar aqueles que apoiarem colegas envolvidos em escândalos, os parlamentares vão evitar o ônus político de se comprometer com eles.

A petição online dos ativistas é um bom retorno a um assunto que estava esquecido. Ela representa mais um passo da sociedade na tentativa de exercer pressão política para o fim do voto secreto. Para quem quiser contribuir, basta acessar http://bit.ly/ZA6ini .

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