O deputado Eduardo Cunha (RJ) foi eleito neste domingo (3) líder do PMDB na Câmara com 46 de 80 votos.

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Sem o apoio do Palácio do Planalto, ele será o principal interlocutor do partido com o governo na Casa. Seu adversário, Sandro Mabel (GO), teve 32 votos.

Cunha venceu os dois turnos disputados. No primeiro, fez 40 votos. Osmar Terra (PMDB-RS), que teve 13 votos no primeiro turno, declarou apoio a Sandro Mabel (PMDB-GO), com 25. No entanto, bastou para que Cunha ao menos repetisse o desempenho do primeiro turno para ser declarado vencedor.

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A bancada do PMDB tem 78 deputados, mas 80 votaram, já que os deputados Rodrigo Bethlem e Pedro Paulo, licenciados da bancada fluminense e secretários municipais, tomaram posse para a votação.

A disputa é considerada uma prévia das eleições à Mesa Diretora da Casa, que deverá ocorrer amanhã, e expôs, mais uma vez, o racha na bancada do PMDB da Câmara.

Peemedebistas creem que a vitória de Cunha seja mais favorável a Rose de Freitas (ES), atual vice-presidente e candidata à presidência da Casa, do que a Henrique Eduardo Alves (RN), favorito na disputa. Ambos afirmam ter grande parte dos votos da Casa.

Em seu discurso de vitória, Cunha disse que o PMDB tem "que buscar agora a unidade da bancada".

"Nós teremos uma liderança de unidade de todos. Sem o companheirismo de vocês, sem a parceria do Sandro e do Osmar, e de quem votou nos dois, nós não teremos como trabalhar. E a gente está sendo eleito para trabalhar", disse.

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Liderança

Cunha terá nas mãos autonomia para colocar aliados em cargos-chave na Casa, como a presidência de comissões e a relatoria de projetos.

Segunda maior bancada da Casa, o PMDB é fiel da balança da base aliada do governo nas votações e, por isso, sua liderança é essencial para a articulação política do Planalto com o Congresso.